quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Guisado de Vaca com Cerveja




Há pratos que nos chegam por uma confluência de situações que os tornam ideais para um determinado momento. E para este juntaram-se três situações simultâneas.

A primeira das quais é que cá em casa ninguém é grande fã de cerveja, principalmente da "normal" (há quem abra excepções para a Bohemia). Assim, desde Abril, quando nos deixaram uma six-pack inteira como sobra de uma reunião de amigos, ainda não conseguimos despachar mais que 4 das 6 cervejas e as duas que sobraram terminam o prazo no próximo mês.

Em segundo lugar, no Natal deram-me uma panela de pressão e quando há um brinquedo novo, há sempre vontade de o experimentar. E quanto mais cedo, melhor.

E por fim, o Inverno e o Outono são aquelas épocas que pedem comida que traga as palavras "Conforto" e "Comida caseira" estampadas na testa e como tal as receitas de guisados e estufados saltam de site em site e revista em revista nesta altura do ano, acompanhadas das suas fotos de pedaços de carne e vegetais envoltos num molho espesso que prometem desfazer-se suavemente assim que nos tocam o palato.

Foi assim que tudo se pôs a jeito para surgir este guisado.

Ingredientes:
500gr de carne de vaca para guisar, cortada em cubos
2 cenouras cortadas em cubos
1 courgete cortada em cubos
1 cebola cortada em meias luas
100g de cogumelos frescos laminados
100g de ervilhas
2 dentes de alho
200ml de cerveja
100ml de caldo de carne
1 talo de aipo picado (sem os veios mais rijos)
1 ramo de alecrim
1 ramo de tomilho
1 folha de loiro
azeite, sal e pimenta
salsa q.b.


  1. Aquecer azeite na panela de pressão. Passar a carne em farinha, sacudir o excesso e fritar no azeite bem quente, sem mexer muito para que doure bem em todos os lados. É conveniente fritar pequenas quantidades de cada vez e ir reservando num prato.
  2. Baixar o lume para médio, raspar os resíduos que tiverem ficado no fundo para não se queimarem e adicionar as cebolas. Deitar fritar até começarem a ficar transparente e então adicionar os alhos e os cogumelos. Quando os cogumelos perderem a maior parte da água, reintroduzir a carne, os vegetais, os ramos de tomilho e alecrim, a folha de louro, pimenta. 
  3. Deitar a cerveja e o caldo na panela, misturar tudo e tapar a panela de pressão. manter o lume no máximo até a válvula começar a girar e então diminuir o lume para o mínimo e deixar cozer 15 minutos (15min/500g de carne).
  4. Despressurizar a panela, tirar a tampa, provar o molho e acrescentar sal se necessário. Adicionar salsa e deixar ferver mais 5 minutos destapado para o molho engrossar.

Feito desta maneira a courgete quase desaparece para se tornar parte integrante do molho. Se preferirem sentir e ver os pedaços de courgete, devem adicioná-la mais tarde: ao fim de 10 minutos de cozedura sob pressão, despressurizem e abram a panela, acrescentem a courgete e voltem a fechar. Os restantes 5 minutos só devem começar a contá-los quando a válvula começar a girar.

Bom apetite!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Bolachas com pepitas de chocolate




Feliz Natal para todos!

Chegou a época das reuniões familiares, das trocas de prendas, das filhoses, de engordar uns quilos, receber peúgas e lenços bordados, da "Música no Coração" e demais tradições.

Este ano decidi oferecer bolachas caseiras a toda a gente e ao fim de várias receitas, pesquisas e tentativas mais ou menos bem sucedidas, acabei por escolher as bolachas com pepitas para oferecer à grande maioria. Estas bolachas, que actualmente são fabricadas por muitas marcas, têm a sua receita original comprada pela Nestlé que, no entanto, no seu site a partilha com toda a gente. Foi esta receita que decidi seguir, por ser muito prática, dar para uma grande quantidade de bolachas e melhor que tudo não precisar de se esticar a massa.





Ingredientes:
255g de farinha sem fermento
170g de acúçar branco
150g de açúcar amarelo
225g de manteiga sem sal
Essência de baunilha q.b.
2 ovos grandes
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
300g de pepitas

  1. Pré-aquecer o forno a 200ºC.
  2. Numa tigela pequena misturar a farinha, o sal e o bicarbonato de sódio.
  3. Numa tigela grande bater a manteiga com os açúcares e essência de baunilha, até ficar cremoso. Juntar um ovo de cada vez incorporando-os bem após cada adição.
  4. Juntar progressivamente a farinha e homogeneizar bem. Juntar as pepitas.
  5. Num papel vegetal colocar colheres de chá de massa (ou colheres de sobremesa, dependendo de como gostarem). O meu conselho é na primeira fornada colocarem poucas bolachas, com quantidades diferentes de massa e bem distanciadas para ganharem noção do espaço que precisam deixar entre elas e da quantidade ideal pro vosso gosto. Não se preocupem com dar forma à massa.
  6. Levar ao forno 8 a 10 minutos num tabuleiro. Retirar do tabuleiro e assim que começarem a arrefecer um pouco transferi-las para uma rede para arrefecerem totalmente.
A massa vai dar para várias fornadas, dependendo do tamanho que as preferirem. Quando saiem do forno é normal que sejam um pouco moles, quando arrefecem enrijecem e ficam mais estaladiças. Também se podem juntar pedaços de frutos secos ou mesmo Smarties mas estes últimos com o calor desbotam, que foi o que me aconteceu como podem ver na primeira foto.

Bom apetite e Bom Natal!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Medalhões de Pescada com Crosta de Laranja


Um dos livros de culinária a que mais tenho dado uso é o "Cozinha para quem quer poupar" de Mafalda Pinto Leite. E cada vez que tenho apostado numa receita dele, é uma aposta vencedora. Na verdade, só o comprei porque o primeiro livro dela, "Cozinha para quem não tem tempo", se encontrava esgotado na altura mas não me arrependi nada (até porque o primeiro continua esgotado... se alguém o vir por aí à venda que me avise).

Desta vez, tendo já uns medalhões de pescada no congelador e em busca de receitas onde empregá-los, virei-me para este livro mais uma vez, só fiz uma alteração mínima e adorei o resultado. Mesmo que tenha feito a asneira de usar a mesma tábua para tirar as sementes à malagueta e cortar o pão (resultando numa crosta bem picante, o que eu adoro mas que há quem cá em casa quem não aprecie). Para mais, para além de ser uma receita pensada para não ser cara, é também rápida e exige trabalho mínimo. É perfeito!



Ingredientes:

4 medalhões de pescada
¼ de chávena de salsa
Azeite, sal e pimenta
3 fatias de pão branco
1 laranja
1 malagueta vermelha fresca

  1. Tirar os medalhões do congelador pelo menos meia hora antes para irem descongelando. Aquecer o forno a 200ºC.
  2. Picar o pão em migalhas (esfarelhar à mão ou picar com picadora). Numa tijela misturar com salsa, sal, pimenta, a malagueta picada sem sementes e a raspa da laranja.
  3. Num tabuleiro coloca rum fio de azeite e duas colheres de sopa de sumo de laranja.
  4. Pincelar o peixe com azeite, polvilhar com pouco sal a parte que vai ficar para baixo e colocar no tabuleiro. Por cima colocar a mistura de pão, pressionando. Pincelar novamente com algum azeite.
  5. Levar ao forno, coberto com papel alumínio durante 10 minutos. Tirar o alumínio e deixar dourar cinco minutos.


É tão simples mas ficou tão bom! Pode ser servido com arroz ou com batatas cozidas ou no forno e com vegetais. Para quem quiser espreitar a receita original, há uma versão dela no site da Iglo.

Bom apetite!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Frango com Natas


...Ou como aproveitar as sobras de frango de churrasco.

Depois de dois almoços de frango de churrascos lá em casa conseguimos ainda continuar com sobras do dito frango. Ora repetir a mesma refeição pela terceira vez quase consecutiva já seria um exagero e por outro lado o frango já não era suficiente para um jantar de duas pessoas. Surgiu assim a necessidade de lhes dar um uso mais criativo .

Ingredientes:
1 tigela de frango de churrasco desfiado
200gr de cogumelos laminados
5 batatas cortadas em cubos
1 cebola pequena cortada em meias rodelas
azeite, sal, pimenta, noz moscada
100ml natas
100ml de molho bechamel
Queijo ralado ou em pó q.b.

  1. Fritar as batatas em óleo quente, até estarem cozinhadas mas sem deixar dourar muito. Escorrê-las em papel de cozinha e temperar com um pouco de sal.
  2. Entretanto numa frigideira com um pouco de óleo, saltear os cogumelos até perderem a água e temperá-los com um pouco de sal e pimenta.
  3. Num tabuleiro de ir ao forno colocar um fio de azeite e a cebola. Por cima dispôr o frango e os cogumelos e depois as batatas.
  4. Numa tigela misturar as natas e o molho bechamel, sal, pimenta e noz moscada. Deitar sobre as batatas e frango e polvilhar por cima com o queijo ralado.
  5. Levar ao forno aquecido durante 25-30 minutos para gratinar.

É uma adaptação da receita de Bacalhau com Natas mas com frango e cogumelos em vez do fiel amigo e é igualmente bom. Pode ser feito só com natas ou só com molho bechamel em vez de mistura de ambos. Para acompanhar assei no forno primeiro abóbora em cubos (20minutos) a quem depois juntei couves de Bruxelas cortadas ao meio (ambas mais vinte minutos) envoltas numa mistura de 2 colheres de sopa de molho inglês com 2 de azeite e uma colher de chá de açúcar amarelo.

Bom apetite!

Pão com chouriço



Não há certamente nada mais tipicamente português que um pão com chouriço acabadinho de sair do forno seguido duma tigela de caldo verde (bem, típico, típico seria chamar-lhe antes uma malga de caldo verde).

Acontece que fazer pão com chouriço até não é nada de complicado e descontando os tempos de levedura não demora sequer muito tempo. Mesmo o ideal para um fim de dia de domingo. No fundo, podem utilizar a receita de pão mais do vosso agrado e em vez de um pão grande, fazer vários mais pequenos recheados com as rodelas do chouriço.

A receita que eu segui é a mais simples de todas e o resultado foi muito agradável. O pão só não me pareceu tão rústico quanto o meu apetite me pedia e assim fiquei motivada para outras tentativas no futuro com outros tipos de massa. Para já tenho planos para tentar pão com mistura de trigo e centeio e para uma receita que encontrei de um pão ázimo com chouriço.


Ingredientes (5 pães):
500gr de farinha sem fermento
300ml de água tépida
20g de fermento de padeiro
1,5 colheres de chá de sal
1 chouriço corrente ou 3 linguiças, cortados em rodelas

  1. Dissolver o fermento na água tépida (cerca de 37ºC).
  2. Numa taça juntar a farinha e o sal e em seguida a água com o fermento. Misturar inicialmente om uma colher de pau e depois amassar com a batedeira alguns minutos até a amassa ficar homogénea, elástica e se despegar dos bordos.
  3. Tapar e deixar levedar até crescer para o dobro (entre 30min a 1h à temperatura ambiente ou no frigorífico durante a noite).
  4. Numa superfície enfarinhada, amassar ligeiramente a massa para retirar o ar. Tirar uma bola de massa de tamanho de uma mão, esticá-la num formato rectangular, cobrir com rodelas de chouriço e enrolá-la dando uma forma algo cilíndrica. Fazer o mesmo com a restante massa.
  5. Colocá-los num tabuleiro com papel vegetal e deixar levedar tapado mais 30 minutos.
  6. Levar ao forno aquecido a 200ºC durante 30 minutos ou até estar dourado a gosto.
Bom apetite.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Arroz de amêijoas com lula e chouriço


Já há algum tempo que me andava a apetecer arroz de amêijoas ou de berbigão. Foi finalmente esta semana que me decidi a fazê-lo.

Para este arroz há duas possibilidades: ou fazer as amêijoas e o arroz em separado, usando depois o molho das amêijoas para animar uma arroz branco ou fazer o arroz directamente no molho da amêijoas, que foi a opção que segui. Podem-se usar amêijoas com casca (ou uma parte com e outra sem casca), devendo-se nesse caso descarta as amêijoas que ao fim de cinco minutos não abram. Eu usei só sem casca, congeladas.


Ingredientes (2 pessoas):
150g de amêijoa sem casca
150g de lulas cortadas em tiras
2 linguiças ou 1 chouriço corrente
1/2 copo de vinho branco
2 chávenas de arroz
2 chávenas de água
1 cebola pequena
1 tomate esmagado
1/2 pimento picado
1 dente de alho
1 colher de chá de pimentão
1 colher de sopa de manjericão picado
Azeite. sal, pimenta
Salsa picada q.b.


  1. Aquecer o azeite num tacho e fritar a linguiça cortada em tiras durante 5 minutos. Reservar a linguiça.
  2. No azeite anterior fritar a cebola até amolecer e depois juntar o alho e fritar um minuto. Adicionar o pimento, o tomate e manjericão e cozinhar cinco minutos em lume médio.
  3. Adicionar o vinho, sal e pimenta, aumentar o lume até ferver. Juntar as amêijoas e as lulas, tapar e deixar cozinhar 5 minutos.
  4. Juntar a linguiça e a água e assim que levantar fervura adicionar o arroz. Deixar cozer tapado e em lume baixo durante 12 minutos. No fim desse tempo desligar e espera 5 minutos antes de abrir a tampa e mexer o arroz.
  5. Servir imediatamente, polvilhado com a salsa picada.
Para além do coloquei na receita, acrescentei alguns bróculos, totalmente facultativos ou substituíveis por outros vegetais, se quiserem.

Bom apetite!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cogumelos Portobello Recheados


Os cogumelos Portobello são na realidade os comuns cogumelos brancos mas numa fase de maturidade do seu crescimento. Nesta fase distinguem-se pelo grande diâmetro, pela cor acastanhada e cheiro e sabor mais intensos e, como o seu chapéu é tão grande e aberto, são ideais para rechear. Nesse campo as opções de recheio são muitas, desde as estrictamente vegetarianas às mais carnívoras.

Estes são recheados com carne picada e vegetais e como fiz recheio em quantidade excedente, aproveitei ainda para rechear um tomate e ainda me sobrou para outra receita para o almoço de amanhã. Os cogumelos estavam óptimos. Já o tomate apesar de ter ficado bom, perdeu em comparação com uma outra receita que já fiz em tempos e que hei-de voltar a fazer para colocar aqui.




Ingredientes (as quantidades que usei foram um pouco diferentes, pelo que me sobrou bastante recheio):
4 cogumelos Portobello
200g de carne picada (usei metade porco, metade vitela)
1 colher de sopa de pão ralado
1 colher de sopa de queijo ralado (usei mistura de 4 queijos) + queijo para polvilhar por cima
1 courgette pequena (em pedaços pequenos)
1 cebola pequena picada
1 dente de alho
bróculos (cortados em pedaços pequenos, não usei quantidade definida... 50-100g talvez)
2 colheres de chá de manjericão picado
1 colher de chá de tomilho
Azeite, sal e pimenta

  1. Lavar os cogumelos com um pano húmido, cortar o pé e em seguida untá-los com azeite e colocá-los num tabuleiro untado com azeite, com a parte de baixo do chapéu para cima.
  2. Levar a carne picada ao lume médio-forte numa frigideira com um fio de azeite até ficar toda castanha. Reservar.
  3. Aquecer um pouco de azeite. Saltear a cebola picada e o dente de alho. Juntar os pés dos coumelos picados, a courgette e os bróculos cortados e deixar cozinhar 4-5 minutos. Juntar a carne, temperar com sal, pimenta, o tomilho e o manjericão. Deixar cozinhar mais 5 minutos.
  4. Tirar do lume e juntar o pão ralado e 1 colher de sopa de queijo ralado. Misturar e cobrir cada cogumelo com a mistura. Por cima pôr uma camada de queijo ralado.
  5. Colocar mais um fio de azeite por cima de cada um e levar ao forno aquecido a 175ºC durante 25 minutos, até o queijo dourar.
Foram servidos com arroz branco simples, para não colidir com o sabor intenso que os cogumelos por si só têm.

Bom apetite!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Robalo no Forno com Funcho


Para mim não há melhor maneira de se comer peixe que assado no forno, inteiro e em toda a sua glória. Por isso, é uma coisa que vai acontecendo com alguma frequência e as receitas de peixe assado vão aparecendo na Casa da Vidazinha.

Esta foi instigada pela teve compra recente de um saquinho de sementes de funcho e teve como ponto de partida uma receita do livro "Cook with Jamie" do Jamie Oliver mas com várias alterações. O funcho, com o seu sabor conhecido de toda a gente através dos rebuçados Dr. Bayard, combina maravilhosamente com peixe e citrinos, para além de ainda ajudar a aliviar más digestões. O que faz com que nos restaurantes indianos seja servido no final da refeição uma tacinha com sementes de funcho.






Ingredientes
2 Robalos
1 tomate
1 limão
1 cebola pequena
1 ramo de funcho
1 colher de chá de sementes de funcho
Azeite, sal, pimenta

  1. Depois do peixe arranjado,dar alguns traços transversais com a faca ao longo do dorso e de ambos os lados. Untá-los com azeite, sal e pimenta e colocar num tabuleiro de ir ao forno.
  2. Numa tijela misturar o tomate cortado em pedaços, fatias de limão fininhas, a cebola cortada em meia-lua, o funcho picado e um fio de azeite. Misturar tudo e depois esfregar o peixe com a mistura, colocando também uma boa quantidade no interior do peixe.
  3. Polvilhar com sementes de funcho, regar com mais um fio de azeite e levar ao forno a 200ºC durante 45 minutos. Se estiver a secar muito depressa, tapar com papel de alumínio alguns minutos. Deixar repousar 10 minutos antes de servir.
Bom apetite!

Couve de Bruxelas e Bróculos Assados com Maçã e Bacon



Nunca gostei de bróculos. E de couve de Bruxelas ainda menos! E até me admirava que houvesse alguém que gostasse delas. Mas hoje depois de ler o último post do The Bitten Word, onde a exortação a favor da Couve de Bruxelas vem acompanhada por esta receita, fiquei com uma grande vontade de dar uma oportunidade a este legume mal-amado. E já que ia dar segundas oportunidades, aproveitei para lhe acrescentar alguns bróculos.

Ultimamente tenho vindo a descobrir que para várias coisas que eu não gostava, apenas precisava de comê-las e cozinhá-las nos meus próprios termos e talvez no momento certo. E hoje mais uma vez gostei de comer estes dois vegetais com quem nunca havia "ido à bola".

As couves do The Bitten Word ficaram mais caramelizados por má escolha do recipiente pela minha parte. Idealmente os ingredientes devem ficar espalhados numa camada única ou então vai-se juntar algum líquido na base, atrasando a caramelização.

Ingredientes:
Couves de Bruxelas cortadas ao meio
Bróculos (cada pé cortado em pedaços)
Maçã (Golden, Gala, Fuji, ...) cortada em pedaços com casca
Bacon em tiras
Azeite, sal e pimenta

  1. Num tabuleiro juntar as couves, os bróculos, os pedaços de maçã e o bacon. Regar com azeite e temperar com sal e pimenta. Mexer tudo para distribuir bem os temperos.
  2. Levar ao forno a 200ºC, durante 15 minutos. Mexer para assarem por igual. Deixar assar mais 15-20 minutos para caramelizar.
Servi a acompanhar uns robalos assados (a receita há-de vir a seguir) juntamente com umas batatas assadas no forno.

Bom apetite! E dêem uma oportunidade às couves de Bruxelas!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Pão de Chá


Uma receita de pão a pensar em tardes de domingo com chuva passadas em casa, com pouco trabalho, para que não seja perturbada a preguiça do fim-de-semana. A sua particularidade é a substituição da água simples por chá, podendo-se adaptar a receita a qualquer gosto particular, bastando para isso usem o vosso chá preferido.

O resultado é um pão muito fofo e com um sabor subtilmente diferente do simples pão branco, podendo na mesma ser utilizado para acompanhar comida salgada mas que é perfeito para barrar com manteiga ou doce e servir com o chá quentinho.

Ah e não se preocupem se não têm Máquina de Fazer Pão, eu também não. Com esta receita, breves minutos com a batedeira e o trabalho "pesado" fica feito. Pelo tamanho da explicação a seguir pode parecer que dá muito trabalho mas o tamanho deve-se apenas às dicas que fui acrescentando, no fundo são só 4 passos simples: misturar, levedar, levedar mais um pouco e forno.


Ingredientes:
500gr de farinha sem fermento
300ml de água
20g de fermento de padeiro
2 saquinhos de chá (Chá Verde com Mel, Limão e Ginseng e Chá Preto com Maçã e Canela foram os que já utlizei)
2 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de mel
1 colher de chá de sal


  1. Colocar os saquinhos de chá em 300ml de água, respeitando o tempo de infusão indicado pela embalagem (se quiserem que fique mais forte usem mais saquetas, em vez de aumentar o tempo de infusão). Deixar arrefecer até ficar tépido (à temperatura do corpo 30-37ºC é o ideal) e juntar o fermento de padeiro e mexer até dissolver.
  2. Numa tigela grande colocar a farinha e o sal. Fazer um buraco no meio e juntar o mel, azeite e o chá com o fermento. Misturar grosseiramente com uma espátula e em seguida bater com a batedeira (ganchos em espiral) durante alguns minutos até a massa ficar homogénea e formar uma bola que se despegue das paredes da tigela.
  3. Tapar e deixar a massa levedar durante 1hora ou até aumentar para o dobro do volume (hoje passada meia hora já estava o dobro, aos 40 minutos a massa continuava a crescer e foi quando voltei a trabalhar nela). Se a  tigela é grande podem deixar levedar aí directamente, senão untem muito levemente outro recipiente com azeite e mudem a massa para aí (eu usei um jarro porque sendo transparente e de paredes a direito, permitiu-me controlar melhor o crescimento.
  4. Retirar a massa do recipiente, colocá-la sobre uma superfície enfarinhada, amassá-la 1 ou 2 minutos e dar-lhe a forma que pretenderem (bola, cacete, oval, pãezinhos pequenos, etc). Colocar ou sobre papel vegetal ou numa forma (forrada a papel vegetal se necessário). Deixar repousar mais uma hora ou até crescer para o dobro.
  5. Polvilhar o topo do pão com farinha e com uma faca serrilhada dar alguns traços com 2-3cm de profundidade. Colocar no forno pré-aquecido a 200ºC e por baixo colocar um tabuleiro ou recipiente com água (o vapor da água vai ajudar a manter a crosta do pão flexível para que este cresça  o melhor possível nos primeiros minutos). Deixa cozer durante 30-40 minutos ou até que esteja castanho dourado (se baterem na base do pão e soar oco é porque o interior está cozido).
  6. Deixar arrefecer numa rede e está pronto.


Após meia-hora a levedar.

O fermento de padeiro vende-se em qualquer padaria (incluindo as padarias dos supermercados) e pode ser congelado (dividido em saquinhos de 20-22g) para que se conserve mais tempo. Para usar basta tirar do congelador para o frigorífico na noite anterior, se bem que já ouvi alguém dizer que usa directamente do congelador se problemas. Também se pode usar fermento seco (desde que seja fermento biológico, isto é levedura, e não fermento químico, que só serve para bolos) ou os pacotinhos de fermento fresco que se encontram geralmente na zona das massas frescas.


Ou é o fermento a ser dividido e embrulhado ou arranjei um trabalho mais rentável...!

Bom Apetite!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Pita Shoarma Herege



Esta versão de Pita Shoarma é herege por dois motivos: o primeiro e mais óbvio é por ser feita com carne de porco, animal de má fama no médio oriente, lá para os lados donde nasceu a Pita. O segundo, menos religioso mas talvez até de maior influência sobre o sabor final, é não ser feito como manda a tradição, com a carne empilhada num grelhador rotativo e vertical.

É uma refeição muito rápida de preparar em casa (excluindo o tempo da marinada) e muito fácil também, podendo a montagem final da refeição ser feita já na mesa por cada um dos comensais. O seu sabor irá depender inteiramente da marinada da carne e do molho que a acompanhe, variando as receitas dos mesmos de país para país de origem, de versão para versão e sobretudo de gostos pessoais para gostos pessoais. Esta é a minha versão, de sabor intenso e um pouco picante.

Ingredientes
4 pitas
4 bifanas
Juliana de alface e cenoura

Marinada:
1 colher de sobremesa de alho em pó
1 colher de sobremesa de coentros picados secos (ou uma mancheia de frescos)
1 colher de chá de cominhos
1 colher de chá de açafrão
1 colher de chá de colorau
1 colher de chá de gengibre
1 colher de chá de mistura de cinco bagas (ou outra mistura de pimentas)
1 pitada de cravinho
1 pitada de canela
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de azeite
1 cebola pequena picada

Molho de alho:
4 colheres de sopa de Maionese
1-2 dentes alho completamente esmagado (ou alho em pó qb)
1 raminho pequeno de salsa
Sumo de limão (gotas)
Água


  1. Numa tigela misturar todos os ingredientes da marinada e misturar bem, formando uma pasta.
  2. Cortar as bifanas em tiras fininhas, envolver com a pasta da marinada e guardar num recipiente no frigorífico de um dia para o outro. 
  3. Cozinhar a carne num grelhador de fogão ou num tabuleiro no forno, untado com um pouco de azeite a lume médio e virando de vez em quando para cozinhar bem de todos os lados.
  4. Entretanto preparar o molho de alho, juntando a maionese, o alho, a salsa picada e 3-4 gotas de limão. Misturar e ir juntando água até ter uma consistência mais fluída, a vosso gosto.
  5. Numa torradeira aquecer o pão pita 1 a 2 minutos, depois de se ter tirado o topo. Abrir o pão, colocar uma camada de juliana de alface e cenoura no fundo, depois uma camada de carne e um pouco de molho de alho. Repetir até encher a pita.
  6. Servir com batatas fritas e o resto do molho de alho (para servir de molho para as batatas).

Ficou bom, a única coisa que vou alterar para próxima é no molho de alho, no qual usei demasiado alho em pó... se bem que com os vampiros na moda, isso pode ter os seus benefícios.

E a foto podia estar melhor mas a pressa nessa noite era alguma.

Bom apetite!
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