quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Creme de Cebola no Forno

Como se uma praga infecto-contagiosa exótica tivesse passado lá por casa, quase todas as máquinas fotográficas residentes adoeceram. Umas faleceram, outras ficaram marcadas por sequelas incapacitantes e apenas uma, de telemóvel, sobreviveu incólume. Ainda no luto da situação, não me tem apetecido fotografar nada nem, consequentemente, actualizar o blogue.

O que vale é que para entrada do meu jantar de anos, fiz este creme de lamber os dedos, quase tão bom para animar períodos de luto como o chocolate preto. A receita é do blog White on Rice Couple e em vez de fazer um tabuleiro único, fiz em três tacinhas que distribuí pela mesa para maior comodidade e menos briga de facas e colheres.

Ingredientes:
250g de queijo creme (amolecido)
1 chávena de maionese
1 chávena de parmesão ralado
1 chávena de cebola doce picada
Pimenta moída qb

  1. Pré-aquecer o forno a 180ºC.
  2. Numa taça misturar todos os ingredientes Distribuir por taças ou tabuleiros.
  3. Levar ao forno por 35 a 40 minutos. Servir com tostas ou pão.
É delicioso e não dá trabalho nenhum. É certo que é um pouco pecaminoso mas é pra partilhar, não é pra comer sozinho às colheradas... (a não ser o que sobrar no dia seguinte, claro...).

Bom apetite!

domingo, 20 de outubro de 2013

Salada de Milho com Bacon e Cebola Caramelizada


O fim do Verão e o princípio do Outono tem os seus encantos e um deles é as maçarocas de milho fresco que aparecem nos supermercados na recta final do Verão. Grelhadas, na brasa ou no bico do fogão não precisam mais que manteiga (ainda que eu não dispense também umas gotas de limão) mas se resistirmos a esse primeiro impulso, há um sem fim de saladas maravilhosas que se podem fazer com elas.

Ingredientes:
2 maçarocas de milho fresco
100g de bacon em tiras
1 cebola vermelha pequena
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de vinagre balsâmico
1 colher de chá de açúcar
Coentro, sal e pimenta


  1. Cozinhar o milho: pode ser cozido, 10 minutos em água à ferver e depois arrefecido ou grelhado na brasa 8 minutos de cada lado. Ou então, como eu o faço normalmente, que é grelhado no bico do fogão em lume médio e ir virando pregressivamente com uma tenaz para cozer e corar de todos os lados.
  2. Fritar o bacon numa firigideira (sem outra gordura) até ficar bem tostado. Reservar o bacon e descartar a maioria da gordura que ficou na frigideira.
  3. Nessa mesma frigideira, cozinhar a cebola cortada com o azeite, vinagre, açúcar e um pouco de sal. Deixar cozinhar cerca de 25 minutos até caramelizar.
  4. Numa taça juntar o milho retirado das maçarocas, a cebola e o bacon. Temperar com sal, pimenta e coentros picados.
A receita é do site Food52 e mais uma vez eles não me deixaram mal. :-)

Bom apetite.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Época da Marmelada


A época da marmelada é um desgraça! Eu nem ligo muito a marmelada, nunca tenho desejos de marmelada, nunca compro nem nunca faço marmelada. Mas chega a esta altura do ano e em todo o meu redor começa um corrupio de gente a trocar sacas de marmelos, primeiro, e taças de marmelada depois. E havendo, principalmente no trabalho, eu não lhe resisto. É uma desgraça.

Em relação à marmelada que a minha mãe faz, eu sou obviamente suspeita. Mas se me perguntarem eu juro a pés juntos que não há melhor que a dela: sequinha e macia. É comum pedirem-me a receita. Eu todos os anos lha vou pedindo e partilhando mas passa um ano e já não me lembro. Este ano fica o assunto resolvido: tomei nota e agora aponto onde sei que nunca me esqueço - aqui.

A receita dela é muito, muito simples e rápida. Tirando uma parte: arranjar os marmelos, parte essa que ela faz com metódico afinco (e então destes marmelos caseiros, que vêm sempre com "olhos" e alguns com bicho, dão bem trabalho nessa parte).

Ingredientes:
Marmelos
Açúcar
(e é tudo...)

  1. Arranjar os marmelos, deixando a casca mas tirando todo e qualquer ponto negro e todo e qualquer vislumbre de caroço. Cortá-los em cubos pequenos e colocá-los de molho em água para os primeiros não oxidarem enquanto se tratam dos seguintes.
  2. Escorrer a água, pesá-los e colocar na panela de pressão.
  3. Por cima colocar um pouco menos de açúcar do que o peso dos marmelos (ex: 1kg marmelo, 0,9-0,8kg de açúcar).
  4. Levar ao lume e quando a carrapeta da panela começar a girar, contar 10 minutos.
  5. Tirar do lume, passar com a varinha mágica e distribuir por recipientes para arrefecer e secar.

Tá feito. E é assim o Outono... uma desgraça.

Bom apetite.



sábado, 17 de agosto de 2013

Acelgas Pixelizadas...

...pronto, não é bem... são pickles de acelga.


Se há coisa que se dá bem na minha marquise são as acelgas. Eu vou colhendo e elas vão crescendo, a bicharada (spider-mites, mosca branca, pulgões, oídio, de tudo vai aparecendo ao longo do ano) passa-lhes ao lado, nada de espigarem e morrerem... De modo que tinha uma molhada (vá, um molho, que isto é uma marquise apenas) para apanhar e ainda não sabia muito bem que lhe fazer.

A ideia veio do Masterchef Austrália, que pela parte que me toca é o único dos 3 que espreitei, que vale a pena ver: aprendem-se coisas, o júri não é bruto nem besta (como o americano) nem se tenta fazer passar por tal (apesar de não terem jeito nenhum para fazerem de bicho-papão, como o português), os concorrentes são boa onda e simpáticos uns pros outros (não como no americano onde há sempre uns sacaninhas e as quezílias são empoladas pelo programa). Mas adiante, num episódio um dos concorrentes acompanhou uma carne qualquer com pickles de couve. E eu lembrei-me logo das minhas acelgas.

Como as acelgas são primas da beterrabas e têm um leve gosto às ditas, decidi fazer um frasco de pickles simples e outro com sabores que normalmente vão muito bem com as beterrabas, o funcho e o gengibre. Admito que provei ambos a medo... nunca tinha provado pickles de couve nenhuma nem feito pickles de nada mas afinal correu muito bem, especialmente a versão com sabores, que ficou pra lá de supimpa.

Ingredientes (2 frascos médios):
1 molho de acelgas
2 chávenas de água
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de sal
1/4 de chávena de vinagre branco
Pimenta, malagueta, sementes de funcho, gengibre fresco, qb (opcional)

  1. Num tachinho levar a água, vinagre, açúcar, sal e um pouco de pimenta moída (usei da de 5 bagas) ao lume e deixar levantar fervura. Desligar.
  2. Cortar a acelga em pedaços e distribuir pelos frascos. Verter o líqudo quente sobre as acelgas e modo a cobri-las. 
  3. Em cada frasco juntar meia colher de chá de sementes de funcho, um pouco de gengibre e malagueta a gosto (usei pimenta cayenne da minha marquise, sem as sementes, que elas têm-me saído escaldantes).
  4. Rolhar e deixar repousar no frigorífico 3 dias.


A receita base do líquido de conserva veio duma receita de  pickles de mostarda-castanha da Saveur. Fica avinagrado mas com alguma subtileza, sem dar a sensação de ser tão ácido que vai cair no estômago e fazer um buraco. Dá pra usar com todo o tipo de couve e pode-se juntar outros tipos de tempero. No caso das acelgas, o funcho e o gengibre levam realmente estes pickles a outro nível.

Bom apetite.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tarte Gelada de Banana e Chocolate



A ideia não era ser uma tarte gelada... A ideia era só aproveitar um cacho de bananas que ameaçava definhar intocado e um saco de biscoitos de cacau que não fizeram muito sucesso cá em casa. Daí a ideia passou a ser fazer uma tarte de banana, a meio caminho entre o cheesecake e o semi-frio. Calha que como me é típico à boca do pano descobri que a embalagem de folhas de gelatina já não tinha mais que meia folha. A tarte nunca iria solidificar. E foi assim que se tornou uma tarte gelada. E não lhe fez mal nenhum.

Ingredientes:
4 bananas médias
200ml de natas
2 colheres de sopa de açúcar
120g de biscoitos de cacau
40g de manteiga
Sumo de limão, chocolate negro


  1. Forrar uma tarteira com papel vegetal. 
  2. Pulverizar os biscoitos e misturar com a manteiga até fazer uma espécie de areia moldável. Forrar com ela o fundo da tarteira, pressionando para formar uma base compacta. 
  3. Esmagar as bananas em puré, juntar um pouco de sumo de limão (cerca de 1 colher de sopa, ajustar a gosto) e o açúcar.
  4. Bater as natas e juntar à banana. Verter a mistura na tarteira. Decorar por cima com raspas de chocolate negro. 
  5. Levar ao congelador pelo menos 4horas. Se ficar mais tempo tirar do congelador para o frigorífico, pelo menos 30minutos antes de servir.

Bom Verão e bom apetite.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cheesecake de Morango no Forno





Vi esta receita num livro do Gordon Ramsay e fiquei empolgada. Um cheesecake onde podia manter uma ilusão light, yey! Sem natas nem base de bolachas com manteiga em barda. Yey! Claro que o simples facto de ter queijo creme desfaz essa ilusão, já que os queijos-creme são 60 a 70% gordura (coitadas das natas que levam a má fama toda e afinal não passam dos 20-30%). No entanto, podem sempre usar queijo batido que sempre tem um pouco menos de gordura ou mesmo fazer o que eu fiz que foi usar queijo quark com 0,3% de gordura (colesterol oblige!), com a ressalva que uma quantidade tão baixa de gordura não vai dar um cheesecake com uma textura tão untuosa e suave (ah mas não foi isso que o impediu de desaparecer em muito pouco tempo).



Ingredientes:
Manteiga para untar
500g de queijo creme
130g de açúcar
3 ovos médios, ligeiramente batidos
2 colheres de sopa de farinha
Raspa de 1 limão
150g de morangos cortados em pedaços

Pre-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma de 23cm (é mais prático se for uma de mola).
Bater o queijo creme com o açúcar. Juntar os ovos ligeiramente batidos, aos poucos. Misturar a farinha e a raspa de limão.
Juntar os morangos e colocar a mistura na forma. Bater duas ou três vezes com ela numa superfície plana para soltar alguma bolha de ar.
Levar ao forno durante 35min. As bordas deverão estar bem cozidas mas o meio ainda um pouco mole e húmido. Deixar arrefecer e desenformar.


Como bónus, o que tem também de bom é que leva poucos ingredientes e dá muito pouco trabalho.

Bom apetite.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Couve-flor gratinada



Em caso de dúvida sobre se se gosta de um determinado vegetal ou não, parece-me mais ou menos seguro que para a grande maioria das pessoas não há nada como experimentá-lo gratinado. Se nem gratinado a coisa for, é porque não se gosta mesmo. Há qualquer coisa nos gratinados, o molho, o queijo, o tostado em cima, que grita conforto e gulodice e que os torna irresistíveis.

A couve-flor, com quem eu dantes não engraçava e entretanto passei a gostar, combina perfeitamente com o conceito. Sem mais nada fica um ópimo prato lacto-vegtariano, pode servir de acompanhamento para ma proteína qualquer ou então se lhe juntarem uns pedacinhos de fiambre ou bacon ou uns restos de frango aos cubos, fica um prato completo.


Ingredientes:
1 couve-flor média
1 cebola picada
1 alho picado
50g de manteiga
2 colher de sopa de farinha
750ml de leite
1 pacote de natas (usei nata de soja)
1 mancheia de aparas de fumados em cubos (fiambre, bacon, etc)
100g de queijo ralado para gratinar
Sal, pimenta, noz moscada, louro, pão ralado, parmesão

  1. Numa frigideira derreter 30g de manteiga. Refogar o alho, o louro e a cebola até esta estar translúcida. Juntar a farinha, mexendo para dissolver bem. Aos poucos juntar o leite, baixar o lume e deixar cozinhar até engrossar, mexendo periodicamente. Temperar com sal, pimenta e noz moscada.
  2. Num tacho ferver água. Cortar a couve-flor em floretes e coloca-la na água a ferver. Deixar cozer 4 minutos, escorrer e reservar.
  3. Derreter a restante manteiga numa frigideira e alourar a couve-flor, sem mexer com demasiada frequência para que possa caramelizar um pouco. Juntar as aparas de fumados, temperar com sal e pimenta. Transferir para um pirex (ou deixar na frigideira se esta puder ir ao forno).
  4. Juntar as natas e o queijo ralado ao molho bechamel. Verter sobre a couve-flor.
  5. Polvilhar com pão ralado e parmesão e levar ao forno a gratinar até dourar.


Foi um sucesso lá em casa (apesar de tê-lo posto a gratinar demasiado acima e consequentemente ter tostado demasiado). Para mim foi um sucesso duplo porque passei uma vida a não gostar de couve-flor até há bem pouco tempo.

Bom apetite!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Cogumelos Marinados


O último mês foi um corrupio de emoções e cansaços. A vida quis fazer-se carrossel, deu uma volta pra cima, deu uma volta para baixo e ei-la aqui paradinha exactamente onde começou. Agora que a estou a voltar a pôr a andar, tenho mais de 700 posts de blogs para cuscar. Também eles, calmamente, hão-de ir andando.

A cozinha entretanto também foi um corrupio, mas de banalidades, de comidas feitas por outrém, de saladas de restos e coisas que tais. Mas a vontade e a energia também aqui está a voltar. E voltou com uns cogumelos, frescos e cheios de ervas, prontos pro petisco.

A receita é de alguém do Food52, dum dos mais recentes concursos, ainda a decorrer.

Ingredientes:
500g de cogumelos (brancos ou castanhos), cortar os pés
2 colheres de sopa de azeite
1 dente de alho grande esmagado
1 ramo de alecrim pequeno
5 raminhos de tomilho
2 raminhos de orégãos
1 colher de sopa de sumo de limão
Sal e pimenta


  1. Numa frigideira anti-aderente grande e aquecida, colocar os cogumelos em lume médio, durante 5 a 8 minutos até perderem os seus líquidos. Mexer periodicamente para não queimarem.
  2. Juntar o azeite, alho e ervas e deixar cozinhar um pouco até a água dos cogumelos evaporar. 
  3. Juntar o sumo de limão, sal e pimenta. Desligar o lume, arrefecer, colocar num recipiente hermético e deixar marinar de um dia pro outro, no frio.

Podem servir-se frios, à temperatura ambiente ou reaquecê-los.
E pronto, é isto: Bom apetite!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Queques de Rolo de Carne



Raramente fazia rolo de carne. Não é que não goste mas os dias em que me mais me dá pra cozinhar, são os dias em que menos tempo tenho para o fazer. E a parte que mais me impacienta é a parte em que inactivamente estou à espera: que a comida asse, que coza, que marine, que repouse e tal e tal. E o rolo de carne, passado uns breves momentos iniciais de acção é todo ele um prato feito de espera. Só resta periodicamente ir meter o nariz no forno e impacientar-me pelo nunca mais.

Agora passei a fazê-lo em porções individuais. Sabe igualmente bem, tem um aspecto catita de queque que andou a tomar esteróides e em 20 minutos de forno está despachadíssimo. A receita, bem, a receita nunca é a mesma porque é sempre a olho e o tempero vai mudando e a carne vai mudando e os "extras" vão mudando... conforme o que há e o que apetece. Mas desta vez foi mais ou menos assim:

Ingredientes (6 queques):
200g de carne de porco picada
200g de carne de vaca picada
2 colheres de sopa de sopa de cebola em pó
1 ovo
Pão ralado qb (de preferência ralem umas fatias de pão ressequido)
Mozzarela ralada qb


  1. Numa tigela misturar a carne picada com a sopa de cebola e o ovo batido. Misturar. Juntar pão ralado até ficar com uma textura mais sequinha e bem moldável (cerca de 2 fatias de pão).
  2. Untar uma forma de queques (se não for anti-aderente ou de silicone) e encher cada buraco com a mistura de carne picada até cerca de 1/3. Moldar uma espécie de bola com a mozzarela em pó e colocar no centro de cada queque. Preencher o resto das formas com carne picada (fazendo cúpula para lá da capacidade da forma).
  3. Cobrir o topo com pão ralado e levar ao forno pré-aquecido a 220ºC durante 20 minutos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Salada de Ovo e Espargos



A última leva de espargos silvestres deste ano, pelo menos foi o que eu disse à cigana que me persegue com molhos deles. E devem ser realmente, que o tempo já está mais seco, os prados já estão a amarelecer e a época está a passar. E, não menos importante, pelo preço a que os vendem, isto não é coisa pra muitas vezes por ano...

E agora, uma coisa deselegante: desta vez descobri que pertenço àquele grupo de pessoas que ficam com a urina com um cheiro mesmo estranho depois de comer espargos (ou melhor, ao grupo das que conseguem notar o dito cheiro). Nunca tinha dado atenção mas desta vez, tendo comido espargos em 3 dias seguidos, foi notório. E pronto, fim de conversa, não se fala mais nisso.

Ingredientes:
4 ovos cozidos (usei de pata porque tinha muitos...)
4 batatas médias/grandes de cozer
1 molho pequeno de espargos
100g de peito de perú fumado
1 colher de sopa de maionese
1colher de sopa de iogurte natural
1 colher de sobremesa de mostarda de Dijon ou com grãos
Sal e pimenta qb

  1. Cozer as batatas inteiras com casca com um pouco de sal.
  2. Cortar os espargos em troços (depois de eliminar as pontas lenhosas). Podem-se cozer em água a ferver, durante poucos minutos ou então, que foi o que fiz, colocá-los no acessório de cozer a vapor da panela pressão, pô-lo por cima do tacho das batatas e tapar durante 3-4 minutos.
  3. Descascar a batata e cortar em pedaços. Juntar-lhe os espargos, os ovos cozidos em pedaços, o peito de peru fumado e misturar.
  4. Numa taça misturar a maionese, iogurte, mostarda, sal e pimenta. Mexer bem e misturar no resto da salada.
  5. Servir quente ou frio.

Bom apetite.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Perna de Peru Fatiada com Molho de Mostarda e Limão




Não faço ideia porque no supermercado chamam às fatias de perna de peru, costeletas de peru. Deve ser alguma teoria de marketing qualquer ou ideia de algum mau aluno de anatomia... Mas seja como for, a dita peça de talho é muito jeitosa para quem tem uma casa com poucos comensais e pouco tempo para cozinhar, especialmente quando comparado com a tarefa de cozinhar uma perna inteira.

Ingredientes:
4 fatias de perna peru (sem pele)
1 colher de sopa de mostarda (a mostarda normal, para mim, é a que funciona melhor aqui)
Sumo de 1/2 Limão
1 alho francês grande ou 2 pequenos
Sal, pimenta, azeite, manteiga


  1. Num recipiente grande o suficiente para caberem as fatias de peru em camada única, misturar a mostarda, sumo de limão, sal, pimenta e um pequeno fio de azeite. Misturar, provar e rectificar a gosto.
  2. Colocar o peru no recipiente tendo o cuidado de passá-lo nos dois lados pelo molho. Deixar marinar no mínimo 30 minutos (mais tempo, se tempo tiverem), virando a meio.
  3. Numa frigideira ou tacho grande aquecer um fio de azeite. Secar as fatias de peru com papel de cozinha e reservar a marinada. Fritar o peru de ambos os lados, em lume alto, até dourar.
  4. Baixar o lume, juntar a marinada e o alho francês em rodela. tapar e deixar cozinhar até o peru estar bem cozido. Mexer de vez em quando.
  5. No final juntar uma noz de manteiga ao molho, misturar até derreter e servir.
Obviamente que podem fazer sem tirar a pele ao peru mas eu pertenço à facção que acha as peles de aves cozinhadas para lá de nauseantes só de olhar pra elas. E podem não usar a amnteigas mas em coisas muito limonadas acho que arredonda a acidez duma maneira muito agradável.


Bom apetite e bom dia da espiga.



domingo, 5 de maio de 2013

Tarte de Queijada de Abóbora


Se a vossa mãe for tão gulosa quanto a minha, uma sobremesa é a melhor prenda que lhe podem dar neste Dia da Mãe.

A receita é baseada nesta receita do blog Receitas para a Felicidade. O puré de abóbora fiz assando dois pedaços de abóbora manteiga untados em azeite (e virados com a pele para cima). Depois tirei a pele, prensei para tirar a água em excesso e passei com a varinha.


Ingredientes:
1 placa de massa quebrada
230g de puré de abóbora
130g de açúcar
2 ovos
200g de queijo creme (usei light)
Raspa de 1 laranja
1 colher de chá de canela
1/4 colher de chá de noz moscada
1 colher de chá de baunilha


  1. Aquecer o forno a 180ºC. Preparar uma tarteira, untando-a ou forrando a papel vegetal (usei o que vem com a massa). Colocar a massa na tarteira e picá-la com um garfo.
  2. Numa taça juntar a abóbora, açúca, ovos, o queijo e os restantes ingredientes. Misturar tudo bem até ficar homogéneo. Verter na tarteira.
  3. Levar ao forno cerca de 35min, até a massa deixar de estar líquida. deixar arrefecer e servir.


Bom Dia da Mãe.

domingo, 28 de abril de 2013

Ovos Assados com Farinheira


Na Páscoa deram-me uma farinheira (entre outros enchidos alentejanos, muito bons) e andei este tempo sem saber bem o que fazer com ela. Por um lado pesava-me na consciência colesterólica, por outro as coisas boas não se desperdiçam. Enquanto decidia e não decidia congelei-a, pensei no assunto, conferenciei, quase me decidi por uma inspiração do blog da CandyAngel mas depois acabei por tomar outra direcção.

Com farinheira não há volta a dar, vai sempre ser calórico e fazer festas ao colesterol. Que tenha ovos, eu sei que não ajuda muito. Já os verdes servem para apaziguar a consciência tanto quanto servem para cortar um pouco na riqueza do paladar. 

Usei nabiça por um lado porque há cá em casa quem não goste de espinafres e por outro porque no meu bairro há uma pequena mercearia pertencente a uma família de chineses que tem sempre vegetais fresquíssimos e lindíssimos e quando lá fui havia uns molhos de nabiças esplêndidos. A dois passos do Pingo Doce mais sobrelotado e caótico que conheço, esta mercearia consegue sempre ter clientela a qualquer hora que lá vá (mas sem a meia hora na fila do Pingo Doce vizinho), graças aos muitos vegetais, à grande variedade de produtos que lhes cabe num curto espaço e aos produtos exotico-asiáticos que para lá há. Adoro e desejo-lhes que se aguentem por muitos anos.

Ingredientes (2 pessoas):
1 farinheira
1 molho grande de nabiças (ou espinafres)
2 a 4 ovos (dependendo do tamanho e do apetite)
1/2 cebola picada
1 dente de alho
Pimenta (e sal, se acharem que o da farinheira não é suficiente)


  1. Picar a farinheira e levar ao lume numa frigideira que possa ir ao forno. Deixar a farinheira cozinhar, libertando a gordura. Virar a meio para cozinhar dos dois lados. Pelar a farinheira e reservar. Descartar a gordura (mas sem limpar a frigideira, de modo a que fique como que untada).
  2. Levar ao lume a cebola e o alho picados. Quando estiver a cebola estiver translúcida, juntar a nabiça cortada grosseiramente. 
  3. Quando a nabiça tiver murchado juntar o miolo da farinheira e misturar. Deixar cozinhar até a nabiça estar tenra.
  4. Partir os ovos por cima da mistura de nabiça e farinheira e levar ao forno até o ovo estar cozido a gosto.


No meio caso, como nem todos gostam do mesmo grau de cozedura do ovo, um deles coloquei a meio da cozedura dos outros. Também se podia optar por outra solução: servir cozinhado em taças separadas e assim cada qual pode ter o seu tempo de cozedura personalizado. Se quiserem podem pôr por cima ou nos espaços entre os ovos um pouco de natas (normais, light, soja, o que quiserem), cerca de 1 colher de sopa por ovo.

Bom apetite!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Assado de Frango e Tubérculos


Na terra do meu pai comiam-se xeróvias. Na minha terra xeróvia era coisa que não havia mas por via de quem ia e de quem vinha lá daqueles lados da Beira, de vez em quando, lá em casa, lá havia xeróvia. Normalmente quando havia era fatiada e frita em polme como uma espécie de pála-pála meio doce e eu, dentro da mui nobre tradição infantil de não gostar de coisas boas, escapava-me sempre a comê-las.

Agora que de vez em quando já há xeróvias nos supermercados da minha terra ando a descobrir que a xeróvia afinal até é coisa interessante e que frita é gira mas muito mais se lhe pode fazer.

Ingredientes (2 pessoas):
2 peitos de frango
3 batatas médias/grandes
2 cenouras
2 xeróvias
1 rama de cebola nova
1 colher de chá de mostarda com grão
1 chávena de caldo de galinha
Sal, pimenta, azeite, alecrim picado



  1. Numa tigela misturar a mostarda com o azeite, sal e pimenta. Untar os peitos de frango com a misturar e deixar repousar enquanto se preparo o resto.
  2. Se quiserem descasquem os tubérculos (eu não descasquei nada). 
  3. Cortar as batatas em cubos. Cortar as cenouras e as xeróvias em rodelas grossas (mas mais pequenas que as batatas). Cortar a rama de cebola em rodelas.
  4. Colocar num tabuleiro um fio de azeite. Dispôr os tubérculos e cebola no tabuleiro. Polvilhar com sal, pimenta e alecrim picado. Misturar tudo bem.
  5. No meio abrir espaço e colocar os peitos de frango. 
  6. Juntar o caldo de galinha e levar ao forno a 200ºC cerca de 20-30 minutos, até os vegetais ficarem cozidos e um pouco caramelizados e o frango cozido. Se necessário a meio da cozedura juntar mais um pouco de água.

Eu quando fiz foi só para mim, portanto foi metade da receita, mas a verdade é que mesmo assim deu para duas refeições.

Bom apetite.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pão de Laranja e Leitelho


No fim de semana passado vi-me em casa com uma bonança de laranjas e com uma embalagem de leitelho (buttermilk) no frigorífico. Tive vontade de fazer algo com ambas as coisas mas não queria nada pesado ou decadente, queria algo leve, que não fizesse mossa na saúde ou na linha. Decidi-me por uma adaptação deste pão e o resultado foi um pão apenas ligeiramente adociçado, com um miolo muito, muito fofo e delicado e bem a saber a laranja. Um pão a meio caminho do brioche.

Para o próximo fim de semana já tenho outra coisa em mente com o resto das laranjas e o resto do leitelho (que entretanto congelei). :-)

Ingredientes:
1/4 chávena (50ml) de sumo de laranja morno
7 g de fermento de padeiro em pó ou 14g de fermento fresco
Raspa de 1 laranja grande
1 chávena (250ml) de leitelho
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de azeite suave + extra
315g de farinha + 100g extra
1 colher de chá de sal


  1. Num recipiente juntar o fermento com o sumo de laranja morno. Dissolver bem.
  2. Juntar o leitelho, o mel, o sal, o azeite e a raspa de laranja.
  3. Aos poucos incorporar as 315 gramas de farinha. Amassar sobre uma superfície enfarinhada e ir juntando farinha extra aos poucos, se necessário, até a massa ficar homogénea e suave (cerca de 10minutos).
  4. Untar uma taça com azeite e colocar nela a massa, virando-a na taça de modo a ficar toda untada de azeite também. Deixar levedar cerca de 1hora (até dobrar de volume).
  5. Ao fim desse tempo calcar a massa para abatê-la, dobradar em 3 (tipo panfleto), virar ao contrário de deixar levedar mais uma hora.
  6. Ao fim desse tempo,  numa superfície enfarinhada, voltar a abatê-la e dar-lhe a forma pretendida. Deixar levedar 40 minutos. Entretanto preaquecer o forno a 200ºC.
  7. Fazer vários golpes no topo do pão com uma faca de serillha e levar ao forno bem quente.
  8. Ao fim de 5 minutos baixar a temperatura para 180ºC e deixar cozinhar durante mais 30-35 minutos.

Bom apetite e boa primavera (diz que ela vem aí...!).


terça-feira, 9 de abril de 2013

Salada de Salmão e Abacate com Arroz de Sushi


Adoro sushi mas não tenho paciência para fazer em casa, em vez disso de vez em quando faço esta salada que tem o melhor do sushi (o salmão, o arroz, a soja e o abacate) mas com metade do trabalho.

Ingredientes (salada):
350g de lombo de salmão
1 abacate grande
1 cebola nova (só a haste)
1 mancheia de coentro
4 colheres de sopa de molho de soja claro
1/2 lima
3 colheres de sopa de abacate

  1. Cortar o salmão em tiras finas e o abacate em pedaços. Dispô-los num tabuleiro.
  2. Numa tigela misturar o sumo da lima com o molho de soja. Verter sobre o salmão e abacate, misturar u pouco, com delicadeza, para não esmagar nem o salmão nem o abacate. Deixar a marinar 10 minutos no frigorífico.
  3. Cortar a parte tenra da haste da cebola em fatias finas e cortar as folhas dos coentro. Espalhar ambos sobre a salada e polvilhar com as sementes de sesamo. Servir.

Ingredientes (arroz):
325g de arroz para sushi
355ml de água
4 colheres de sopa de vinagre de arroz
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal

  1. Lavar o arroz em água corrente até a água deixar de ficar branca.
  2. Num tacho juntar a água para a cozedura com o arroz e deixar de molhodurante 30 minutos.
  3. Ligar o lume no máximo até a água ferver, depois tapar, reduzir para o mínimo e deixar cozinhar durante 15 minutos. Desligar o lume e deixar repousar, tapado, mais 10 minutos.
  4. Entretanto numa tigela misturar o vinagre, sal e açúcar até ficar tudo bem dissolvido (se necessário aquecer uns segundos no microondas para ajudar a dissolução).
  5. Recrutar um ajudante, muni-lo de um leque (o ajudante é opcional mas dá um jeitão).
  6. Espalhar o arroz num recipiente largo (e de preferência não muito raso). Verter sobre ele a mistura de vinagre de arroz e com uma espátula misturar tudo com movimentos pendulares,  enquanto o ajudante vai abanando o arroz para arrefecê-lo. 
  7. Cobrir com um pano molhado até estar tudo pronto para servir.

A receita da salada é do site bbcgoodfood e a receita que uso para o arroz é do blog No recipes. Juntas são duas receitas muito fáceis de gerir. Enquanto o arroz está a cozer, preparo os ingredientes para a salada, enquanto o arroz está a repousar preparo a salada propriamente dita, enquanto esta está a marinar, tempero o arroz e depois é só pôr os coentros, cebola e sementes sobre a salada e servir.

domingo, 7 de abril de 2013

Courgette Panada


Há uns tempos atrás ofereceram-me uma Actifry, em teoria num regime de custódia partilhada mas afinal vim a perceber que isso era só uma desculpa para eu a aceitar. Não é que eu não quisesse aceitar uma actifry mas no que toca a aparelhos de cozinha tenho duas embirrações: a 1ª, dirigida a aparelhos que só fazem uma única coisa (tipo espremedores de laranjas eléctricos ou máquinas de fazer waffles); a 2ª, dirigida a aparelhos hiperinflacionados no preço em relação à real necessidade que temos deles (tipo Bimby). A actifry não cabe na primeira embirração mas cabe muito bem ali na segunda. 

Claro que o facto de ter sido oferecida e de não ter pago por ela, diminui uma embirração dirigida ao preço e agora que a tenho nutro por ela sentimentos que variam do gosto à indiferença. É verdade que faz uns fritos porreirinhos quase sem usar gordura mas não só não fica exactamente como a coisa real (fica assim a meio caminho entre o frito e o forno) como os fritos a sério se forem feitos como deve ser também absorvem apenas uma pequena porção do óleo que usamos. Dá para mais coisas para além de fritos (faz umas carnes bem tenras e tal) mas não dá pra fritar coisas envolvidas em polmes decentemente. Para panados (e croutons) é que é uma maravilha.

Foi o caso destes triângulos de courgette, que ficaram douradinhos, estaladiços por fora e cremosos por dentro. (E sim, eu sei que não são triângulos, são prismas triangulares e acredito que este tipo de corte tenha um nome técnico mas não faço ideia).

Ingredientes (tudo a olho...):
Courgette
Pão de véspera (de preferência tipo alentejano)
Queijo ralado
Clara de ovo (ou ovo inteiro, mas tinha muitas claras no congelador...)
Farinha
Azeite, sal e pimenta


  1. Cortar a courgette na longitudinal em oitavos. Dependendo do tamanho da courgette cortar na transversal em 2 ou 3.
  2. Na picadora juntar o pão, queijo ralado, sal, pimenta e um fio de azeite. Picar tudo até ficar com a textura de migalhas (claro que se pode usar pão ralado de compra mas a textura não fica tão crocante).
  3. Passar a courgette pela farinha, depois pela clara de ovo e por fim, pela mistura do pão. 
  4. Colocar na actifry durante 12-15 minutos (a meio virar os pedaços de courgette) ou levar a fritar em óleo até estar dourado.


Podem ser usados como aperitivo, servidos com molho ou molhos a acompanhar, de tomate, de iogurte, de alho ou que mais gostarem.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Páscoa II: Borrego Assado com Molho de Alho


De há 3 anos para cá que se anda a tornar tradição que me caiba a mim pôr o borrego na mesa pascal. Não sendo eu religiosa, a Páscoa para mim é um almoço de família glorificado (e nalguns anos, não neste, uma ode à Primavera), logo a tarefa reveste-se de uma certa dose de responsabilidade.

Nalgumas famílias a tradição é o cabrito mas na minha opta-se sempre pelo borrego, alentejano e de muito confiada origem. E a tradição diz também que é assado, mas o como, isso é o espaço exacto para de ano para ano se experimentar novas receitas.

Ciosa que sou da paz matinal aos domingos, preparo-o de véspera (fiz o mesmo ao gratinado) e no dia é só ligar o forno. É um descanso. A receita é do site Food 52 (do site e de um dos livros deles, que descobri recentemente e de quem fiquei fã).

Ingredientes:
1 perna de borrego
12 anchovas
6 dentes de alho + 3 cabeças de alho
1 colher de alecrim fresco picado
1 colher de sopa de tomilho fresco picado
3 colheres de sopa de Azeite
1 chávena de vinho tinto
Sal e pimenta, salsa fresca picada



  1. Depois de limpar o borrego de gorduras excessivas, fazer-lhe várias incisões e em cada uma inserir um pedacinho de alho e outro de anchova.
  2. Numa tigela misturar o azeite, sal, pimenta, tomilho e alecrim. Untar o borrego com esta mistura. Deixar repousar 1 a 2 horas.
  3. Levar ao forno pré-aquecido a 250ªC, durante 20 minutos, juntamente com as 3 cabeças de alho inteiras. Baixar a temperatura para 180ºC e deixar assar 1hora. Ao fim de 20 minutos virar o borrego e reservar as cabeças de alho e passados 20 minutos virar outra vez.
  4. Tirar do forno, cobrir a perna em papel de alumínio e deixar repousar num prato, no forno desligado, enquanto se prepara o molho.
  5. Levar o tabuleiro onde se assou o borrego ao lume no fogão. Juntar-lhe o vinho e mexer bem para misturar com os líquidos do assado. Deixar reduzir 1/3 do volume em lume alto. Espremer o alho das cabeças que se assaram e juntar ao molho. Desligar, juntar salsa picada e transferir para a molheira.

A receita original tinha tempos de cozedura para que o borrego ficasse mal passado (cerca de 1 hora de forno ao todo) mas eu prefiro um pouco mais passado (1h20 de forno). Mesmo assim ainda havia um pouco de rosadinho, por isso se preferirem podem aumentar o tempo em temperatura baixa.

Bom apetite.



terça-feira, 2 de abril de 2013

Páscoa I: Gratinado de Batata e Abóbora Manteiga



Esta Páscoa fiquei incumbida de três coisas: um leite-creme, o borrego e este gratinado. Já o tinha em lista de espera há uns tempos, à espera de uma oportunidade festiva. Isto de comidas gratinadas e com muitas natas sabe bem mas pesa menos na consciência se for partilhado por muitos. Também pesaram menos porque após uns testes com natas de soja, descobri que as ditas são bem boas (não só não ficam nada atrás das verdadeiras como no meio da comida ainda parece que trazem um temperozinho extra).

A receita faz parte do livro Bi-Rite Market's Eat Good Food. Só de lê-la deixou-me a salivar, o que é raro para uma receita que não trazia foto a acompanhar. Depois de a fazer, só de me lembrar continuo a salivar. É o que se chama um aguamento!

Ingredientes:
6 batatas médias (de cozer)
1 abóbora manteiga pequenina
1 cebola picada
400 ml de natas (normais, light, de soja, bechamel+nata, o que quiserem)
12 folhas de sálvia
5 raminhos de tomilho
Manteiga, parmesão ralado, sall e pimenta qb

  1. Numa frigideira aquecer um pouco de manteiga e levar a cebola ao lume até ficar translúcida. Juntar o tomilho (só as folhinhas) e 6 folhas de sálvia. Juntar as natas e deixar levantar fervura. Desligar, deixar repousar 10 minutos e retirar as folhas de sálvia.
  2. Untar um tabuleiro com manteiga. Dispôr uma camada de batata cortada em fatias com cerca de 3mm, parcialmente sobrepostas, de modo a cobrir bem o fundo.
  3. Por cima da batata dispôr uma camada de abóbora também em fatias de 3mm. Cobrir com 1/3 das natas e polvilhar com parmesão.
  4. Repetir com mais duas camadas, de modo a terminar com o parmesão. Polvilhar o topo com as restantes folhas de sálvia picadas.
  5. Levar ao forno a 180ºC, coberto com folha de alumínio, durante 30 minutos, Tirar a folha de alumínio e deixar mais 30 minutos no forno.

Bom apetite!




sábado, 16 de março de 2013

Estufado de Amêijoas com Milho

O giro de se seguirem vários blogues e outros sites é que, de vez em quando, dão-nos vontade de experimentar umas coisas que nunca nos tinham ocorrido. Coisas que nunca provámos, combinações que nunca tínhamos considerado, até esse dia em que nos batem na testa, aquele dia em que algures na net (ou fora dela) vemos uma foto (para mim têm quase sempre de ser fotos) de algo diferente mas que nos faz salivar.

Esta receita é uma dessas. Apetecia-me fazer algo diferente com um pacote de amêijoas que tinha em casa, algo fora dos sabores habituais que associo às amêijoas e assim que vi a foto apetitosa do Food52, ficou decidido. Com pequenas alterações: não encontrei maçarocas de milho fresco à venda; não me pareceu que substituir tomates xpto por tomate normal fosse fazer grande diferença e numa casa onde praticamente não se bebe álcool, não fazia sentido comprar uma garrafa de bourbon, já haver uma de whisky escocês (e ainda por abrir) é só porque nos foi oferecida...

Mas fiquei fã, tanto do sabor como da facilidade e rapidez. É pra repetir.

Ingredientes
2 latas grandes de milho doce
500g de amêijoas com casca
3 tomates de cacho (em oitavos e sem grainhas)
200g de bacon em tiras
Sumo de meio limão
3 colheres de sopa de whisky
1 colher de sopa (mal cheia) de pimentão doce
Azeite, sal e pimenta, manjericão

  1. Numa tacho grande aquecer um pouco de azeite. Juntar o bacon e deixar alourar em lume médio. Juntar o pimentão e deixar 30 segundos.
  2. Juntar o milho escorrido e o tomate. Temperar com sal, tapar e deixar cozer cerca de 5 minutos.
  3. Juntar o sumo de limão e o whisky, misturar e tirar o tacho do lume.
  4. Colocar as amêijoas no cimo do estufado, com a abertura para cima. Recolocar ao lume médio, tapado, cerca de 5 a 10 minutos até as amêijoas abrirem.
  5. Polvilhar com manjericão picado e servir.

Notas: Se se usar milho cru ou congelado, deixar cozinhar 2 minutos destapado antes de colocar o tomate. As amêijoas que usei era congeladas e tinham sido previamente postas a descongelar no frigorífico cerca de 12 horas antes.

Gostei mesmo muito dos sabores. Por coincidência o bacon que tinha em casa era bastante fumado, o que combinou bem com o sabor do pimentão, mas também teria ficado bom com um bacon mais suave.

Bom apetite.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Cogumelos Recheados com Queijo de Cabra e Acelgas



Hoje (e isto não tem nada a ver com esta receita, eu sei) resolvi experimentar natas de soja. O colesterol alto levou-me a um outro cuidado com a alimentação mas uma grande vontade de experimentar uma receita gratinada de aspecto prometedoramente delicioso para servir de acompanhamento ao borrego pascal foi o empurrão para experimentar. E fiquei muito agradavelmente surpreendida. Muito mesmo. Posto isso, vai haver batatas com abóbora gratinadas pra Páscoa, yey!

Já estes cogumelo foram feitos com acelgas da minha marquise e estas podem ser facilmente substituídas por espinafres ou canónigos. De resto, acho que toda a gente sabe que os cogumelos são bons recheados. A maior parte das vezes são recheados com carne picada, parece-me, mas eu adoro queijo de cabra...

Usei uns cogumelos bem grandes, um chegou-me bem mas também podem usar cogumelos mais pequenos e em maior quantidade.

Ingredientes
4 cogumelos grandes
1 requeijão de cabra
1 pequeno molho de acelgas
5 a 6 folhas de manjericão
1 dentes de alho esmagado ou picado muito fino
Sal, pimenta, azeite
1 colher de sopa de parmesão em pó



  1. Limpar os cogumelos e retirar o pé. 
  2. Numa tigela misturar o requeijão com o alho, as acelgas e o manjericão picados. 
  3. Untar os cogumelos com azeite. Colocar num tabuleiro com as lamelas para cima. 
  4. Temperar com sal e pimenta. Distribuir o recheio pelos cogumelos. Polvilhar o topo de recheio com  um pouco de parmesão.
  5. Levar ao forno a 180ºC cerca de 20 minutos.

Bom apetite.



domingo, 10 de março de 2013

Couve-flor Indiana


Em pequena detestava couve-flor (aliás tudo o que eram caules de couves ou similares), excepto em pickles, onde o sabor e textura eram completamente diferentes. Levei muitos anos até dar uma segunda oportunidade ao pálido legume mas agora ando a redescobri-lo.

Com o seu sabor nada impositivo, a couve-flor é uma espécie de tela em branco para estes sabores fortes indianos e o forno deixa-a mais estaladiça que o habitual, para além de que torna esta receita muito prática de fazer. É óptima para acompanhar frango assado ou peito de frango grelhado. 

O original é da revista Bon Appétit. E a foto deles é muito mais apetitosa. A minha, coitada, continua a ser de telemóvel que a minha máquina está nos cuidados intensivos (bem, mesmo que assim não fosse a foto deles continuaria sempre a ser mais apetitosa).

Ingredientes:
1 couve-flor grandota
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de sementes de coentro
1colher de chá de sementes de cominhos
1 colher de chá de caril em pó
1 colher de chá de açafrão das índias
Sal e pimenta qb
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de raspa de lima

  1. Separar a couve flor em floretes.
  2. Numa taça grande misturar o azeite com as sementes de coentro e cominho, o açafrão, o caril e o sal e pimenta.  Juntar a couve-flor e misturar bem até a couve-flor ficar bem coberta.
  3. Espalhar a couve-flor num tabuleiro ou pirex, em camada única e levar ao forno pré-aquecido a 230ºC durante cerca de 10-15 minutos, até dourar.
  4. Servir numa taça, salpicado com a raspa de lima e o gengibre ralado.

domingo, 3 de março de 2013

Salada de Beterraba Marinada


Não há volta a dar, a beterraba combina mesmo bem com laranja. Mas essa combinação pode ser ainda melhor: com funcho! Neste caso com sementes de funcho no tempero mas no futuro tenho de experimentar com o funcho propriamente dito.

Não deixa de ser estranho que a beterraba tendo um sabor muito peculiar (sabe mais ou menos a um punhado de terra com açúcar) faça umas belas saladas.

Ingredientes
2 beterrabas médias/grandes
1 colher de sopa de azeite
1 colheres de sopa de sumo de limão
1 colher de chá de sementes de funcho
1 laranja pequena
1 cebolo
Alface, sal e pimenta


  1. De véspera embrulhar as beterrabas em folha de alumínio e levar ao forno 1hora a 180ºC. Deixar arrefecer, descascar e cortar em cubos.
  2. Numa tigela misturar bem o azeite, o limão, sal, pimenta. Num almofariz moer as sementes de funcho e juntar ao molho. Verter sobre as beterrabas e envolver. Juntar o cebolo picado, cobrir e deixar marinar dum dia pro outro.
  3. Para fazer a salada, colocar numa taça a alface e a laranja cortada em pedaços. Juntar a beterraba e o molho da marinada.

Bom apetite.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Arroz Doce de Coco e Maçã no Forno



Pela enésima vez dei cabo do carregador da máquina fotográfica (é um talento muito especial que eu tenho...) e agora estou mais ou menos restringida à máquina fotográfica do telemóvel. Grunff... Paciência!

O arroz doce, que toda a gente adora, para mim parece quase sempre um desperdício de arroz. Talvez não me parecesse um desperdício se fosse a única coisa que se pudesse fazer com arroz mas havendo arrozes de marisco, de grelos, tomate, de primavera e outono e um sem fim de outros arrozes deliciosos, para mim o arroz doce vai ficando relegado quase pro fim da lista (mesmo lá no fim de tudo está o arroz de cabidela).

Ainda assim, coisa estranha, esta semana sobrou-me metade duma lata de leite de coco light (dum caril) e de repente deu-me vontade de fazer um arroz doce com ela. Mais estranho é ainda porque também não sou muito fã de coco (pelo menos em todo a seu esplendor de intensidade de sabor e de palhinhas como textura, do leite de coco light mais suavezinho e sem palhinhas até acho bem agradável).

Fiz no forno para ser mais prático e porque fica com uma capinha tostadinha no topo interessante. A quantidade é pequena, dá pra 4 ou 5 pessoas mas pode ser facilmente dobrada.

Ingredientes:
55g de arroz carolino
300ml de leite
200ml de leite de coco (light ou normal)
2 colheres de sopa de açúcar
1 maçã
1 haste de chá princípe

  1. Num tacho levar ao lume os leite, o açúcar, a haste de chá princípe e o arroz. Quando levantar fervura desligar e deixar o repousar 15 minutos.
  2. Entretanto pré-aquecer o forno a 180ºC. Descascar a maçã e picá-la em cubinhos pequenos.
  3. Num tabuleiro ou pirex verter o arroz e misturar-lhe os cubos de maçã. Pode-se tirar o chá princípe agora ou no fim (eu deixei-a).
  4. Levar ao forno cerca de 30 minutos. Retirar do forno e deixar repousar 10 minutos antes de servir.

O arroz doce no forno também se pode fazer saltando o primeiro passo mas aí o tempo de cozedura no forno já é muito maior. Esta versão por um lado diminui o tempo de cozedura e por outro elimina a necessidade de estarmos ao fogão a mexer o arroz doce. Pode-se juntar ovos ou gemas para ficar mais rico mas eu ando de olho no meu colesterol por isso não o fiz (e o coco mesmo light já tem a sua dose de gordura). também podem pôr mais açúcar, obviamente.

Bom apetite. 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Espargos Silvestres com Queijo da Ilha



Ainda na senda dos espargos silvestres, desta vez com uma receita muito simples, tão simples que nem precisa de quantidades certas. Para a próxima só altero uma coisa, vou ralar o queijo em vez das lascas.

Esta é a última foto aqui no blog tirada com a minha máquina, durante uns tempos. Logo a seguir o carregador da bateria morreu e agora ando limitada à fraca máquina do meu telemóvel. Enfim.

Ingredientes
Espargos silvestres
Azeite, sal e pimenta
Vinagre balsâmico
Queijo da ilha

  1. Preparar os espargos eliminando a parte rija (dobrando-os à mão, acabam por se partir na zona de transição).
  2. Colocá-los num tabuleiro. Verter sobre eles um fio de azeite, sal e pimenta. Misturar tudo bem.
  3. Levar ao forno a 200ºC durante cerca de 12 minutos.
  4. Tirar do forno, verter algumas gotas de vinagre balsâmico e colocar por cima lascas de Queijo da Ilha. 

No caso de serem espargos de cultivo pode ser necessário ficarem mais um pouquinho no forno. Como é o caso da receita original.

Bom apetite.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Frango Panado no Forno com Leitelho e Aveia



Três motivos para esta receita.

Primeiro, ando viciada em flocos de aveia. Para além de fazerem um pequeno-almoço excepcional dão uma crosta bem crocante e muito saborosa a panados e gratinados.

Segundo, e mais uma vez provando a minha fraca memória, fiz uma daquelas incursões pelos fundos do congelador, daquelas em que se tem de tirar uma série de coisas cá pra fora e há sempre alguma que acaba esquecida de voltar lá pra dentro. Neste caso foi uma embalagem de leitelho (buttermilk). Como não me apetecia fazer bolos para o aproveitar, pensei no seu segundo melhor uso: marinar frango para panar.

Terceiro, uma vontade de baixar os meus níveis de colesterol e o meu fraco gosto por grandes frituras, encaminhou a receita para o forno.

Ingredientes:
2 pernas de frango inteiras
1 chávena de leitelho
2 colheres de sopa de flocos de aveia integrais
2 colheres de sopa de pão ralado
1 colher de sopa de parmesão em pó
1 folha de louro
2 dentes de alho
sal, pimenta, tomilho seco a gosto


  1. Separar o frango em perna e coxa, tirar peles. Para assar mais rápido e ficarem prontas ao mesmo tempo que as pernas, eu desossei as coxas mas é opcional.
  2. Numa tigela pôr a marinar o frango com o leitelho, o louro, alho, sal e pimenta, pelo menos 4 horas.
  3. Num  processador ou picadora, juntar os flocos, o pão ralado, tomilho e parmesão. Picar até os flocos ficarem de tamanho que vos agrade (mas não completamente em pó). Pôr num prato.
  4. Passar o frango da marinada para o prato dos flocos e revesti-lo bem. Passar para um tabuleiro untado com um pouco de azeite.
  5. Levar ao forno a 180ºC cerca de 30 minutos.


Bom apetite.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sandes de Salmão Grelhado e Abacate


Eu sei que quase toda a gente quando pensa numa sandes desde tipo, pensa num almoço de semana, daqueles que ficam entremeados entre dois blocos de horas de trabalho. Mas sinceramente as sandes para esses almoços não me dão jeito. Eu até sou adepta da marmita (logo desde que comecei a trabalhar) mas de sandes não: desarrumam-se no caminho, desarrumam-se a comer, a alface murcha ou então tem de ir à parte, não sei, não me dão jeito. Para mim a bela da sandocha é o almoço ideal para... tcharam... o almoço de domingo!

Eu sei, é quando toda a gente tem um almoço farto, em família e tal, mas os meus almoços de domingo são tardios, as manhãs são preguiçosas e para mais sou a única acordada cá em casa: só me apetecem sandochas e saladas. E gulosices pra sobremesa.
:-)

Ingredientes (2 sandes)
4 fatias de pão alentejano
1 posta de salmão grelhada
1 abacate pequeno
1 tomate
Alface, rúcula e agrião de jardim (ou outro tipo de alface)
2 rodelas de limão

1 colher de chá de maionese
1colher de chá de iogurte natural
1 colher de chá de água
1 colher de chá de cebolinho picado
Sal e pimenta qb



  1. Numa taça misturar a maionese, iogurte, água, sal, pimenta e cebolinho.
  2. Numa das fatias de pão colocar fatias de abacate e espalhá-las com uma faca. Sobrepor lascas de salmão grelhado e regar com um pouco de limão. 
  3. Cobrir com tomate fatiado e a alface, rúcula e agrião. Temperar com um pouco do molho de iogurte. Cobrir com uma fatia de pão. 
  4. Repetir o mesmo para a outra sandes.



Bom apetite.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Espargos com Molho de Açafrão


Na região onde trabalho assim que chegam os primeiros dias de Primavera aparecem umas bancas, geralmente de ciganos, a vender espargos silvestres nas bermas das estradas. No ano passado num mesmo dia comprei três molhos de espargos a uma cigana que percebeu onde eu trabalhava e desde então periodicamente aparece-me à porta do trabalho a tentar vender-me espargos. Então este ano, em que estamos a ter (tivemos?) um Inverno que nunca mais começa a sério e em que já houve várias pequenas primaveras, já se me bambolearam pela frente vários molhos de espargos nascidos fora de época. Desta vez, agora que a Primavera já parece mais real, não lhes resisti.

Ingredientes:
1  molho de espargos silvestres
20g de manteiga
1 colher de sopa de farinha
3dl de leite
sal, pimenta e açafrão das índias qb

Numa frigideira derreter a manteiga. Quando estiver derretida juntar a farinha e mexer para dissolver. Juntar uma pequena porção de leite (50ml) e mexer para dissolver qualquer grumo.
Juntar o restante leite, temperar com sal, pimenta e açafrão. Juntar os espargos e deixar engrossar em lume médio, mexendo de vez em quando.


Nesta ocasião servi a acompanhar peito de frango grelhado com tomilho e arroz branco.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mousse de Laranja


A razão principal por tenho este blog é esta: eu sou esquecida. Muito. E queria ter um sítio prático onde me pudesse recordar do que experimentei fazer, do que achei do resultado e de como o fiz. Calha que a razão de ser do blog coincide exactamente com a razão de ser de esta receita.

Resolvi fazer, para levar para um almoço, uma sobremesa de que gosto muito mas que já não fazia há algum tempo. Comprei os ingredientes, preparei tudo, comecei a receita: vá de despejar as natas (que até pus de propósito no frigorífico) numa tigela, duas colheres de açúcar, vá de bater com a batedeira e estavam elas a ficar em chantilly quando caio em mim e me pergunto: "Mas o que é que eu tou a fazer?!". Pois, o tiramisù não precisa que se lhe batam natas, o dito nem sequer leva natas! Quem me manda não ir ver ao blog se foi pra isso que  o criei.

Lá encarrilhei na receita e fiz a sobremesa, mas fiquei com uma tigela de natas batidas de sobra e sem grande planos para elas (já há morangos à venda mas ainda têm um ar tão tristonho, de ombros desnudos e pálidos). Acabei por resolver aproveitar que estamos em boa época de laranjas e aproveitar que tinha muitas.

Ingredientes
1 pacote de natas
2 colheres de açúcar (ou mais se as laranjas forem ácidas)
Sumo de 3 laranjas
1 iogurte de baunilha
4 folhas de gelatina neutra


  1. Numa tigela bater as natas com o açúcar até ficarem firmes. 
  2. Juntar o iogurte e o sumo de laranja.
  3. Demolhar a gelatina em água até rehidratar, escorrer a água e levar ao microondas cerca de 5 segundos até dissolver. Juntar progressivamente algumas colheradas da mistura das natas à gelatina (para não arrefecer subitamente) e depois juntar à tigela do resto da mistura.
  4. Levar ao frigorífico de um dia pra o outro (ou pelo menos 4 horas).

É fácl e rápido (tirando a espera inerente a qualquer mousse) e bem mais leve que a mousse de lima que em tempos experimentei fazer.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sopa de Brócolos



Uma sopinha não só para entremear com os posts de sobremesas (tenho mais um ou dois posts doces em espera e o colesterol aos pulos) mas sobretudo para marcar o dia em que descobri que toda a minha vida andei a escrever mal a palavra brócolos. De tal modo estou atordoada com o choque que ainda me custa escrevê-la sem um Uzinho que seja (era bróculos, que eu andava a escrever). Sinto-me como aquelas pessoas que um dia descobrem que toda a vida andaram a pronunciar mal uma palavra que aprenderam por leitura (ainda a semana passada vi um episódio do How I met Your Mother sobre este assunto).

Ingredientes:
2 cabeças de brócolos (separar floretes e picar os talos)
1 cebola picada
1 alho francês picado
2 batatas médias em cubos
50g de massa pequena (usei de letras)
2 fatias de bacon picadas
sal, pimenta, azeite qb

  1. Num tacho aquecer o azeite e refogar a cebola, alho francês e os talos dos brócolos, durante 4-5 minutos.
  2. Juntar água qb e a batata em cubos, depois de levantar fervura, deixar ferver em lume médio-baixo durante 10 minutos. Triturar tudo e temperar com sal e pimenta.
  3. Juntar a massa, deixar ferver cerca de 8 minutos, até a massa estar só parcialmente cozida. Juntar os floretes dos brócolos, e deixar cozer 4 minutos.
  4. Servir com bacon picado miudinho.

Bom apetite.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Bolo de Pêra e Cardamomo


No ano passado houve uma noite em que à última da hora antes de um jantar no meu dia de anos, num dia de muito trabalho (véspera de festa de anos), decidi que ia fazer um pequeno bolo (simples, de baunilha e especiarias) em vez de comprar um para levar para o restaurante. Massa do pequeno bolo feita, toca de metê-lo no forno e ala pro banho que se fazia tarde. Saio do banho, vou espreitar o forno para ver como estava a correr a coisa e eis que se me acende uma luz no cantinho dos esquecimentos dentro da mente, daquelas tipo neon, a catrapiscar e a dizer FERMENTO! Pois, tinha-me esquecido de pôr fermento no bolo.

Tarde de mais pra fazer outro, tarde demais pra comprar um, os meus amigos iam ter de se conformar a um bolo pouco crescido e paciência... estava eu a pensar no exacto momento em que as mãos se me tropeçam no processo de desenformar e o bolo se parte em duas meias luas (um quarto crescente e um minguante). Bolas, o que vale é que eu já estava a ficar atrasada demais para ter tempo para me preocupar muito e vai de colá-lo com creme de caramelo que me havia sobrado das pipocas, uns enfeites de chantilli aqui e ali para disfarçar e lá seguiu.

Seguiu e contas feitas, gostei tanto da textura (consistente, a meio caminho entre um bolo e a base das tartes de amêndoa) e dos sabores (especiarias e caramelo) que fiquei a tirar a medida para voltar a fazê-lo com uns retoques (a pêra e um cheirinho de fermento). E cá está ele, a meio caminho entre um bolo e uma tarte e cheio de sabores que aquecem o tempo frio.



Ingredientes:
1 chávena de farinha sem fermento
1/4 colher de chá de fermento
1/8 colher de chá de sal
170g de manteiga sem sal
1 chávena de açúcar
3 ovos grandes
1 colher de chá de aroma de baunilha
2 sementes de cardamomo pequenas
1/2 colher de chá de canela
2 pêras rocha
Manteiga e açúcar amarelo qb.



  1. Peneirar a farinha, fermento, canela e sal para uma tigela. Moer com um almofariz o cardamomo sem a casca, até pulveriar e juntar à farinha.
  2. Noutra bater a manteiga até ficar cremosa. Juntar o açúcar e bater até ficar fofo. Juntar os ovos, um a um e por fim a baunilha.
  3. Incorporar a farinha aos poucos até ficar homogéneo.
  4. Forrar o fundo de uma forma redonda com papel vegetal. Untar toda a forma com manteiga e cobrir o fundo com açúcar amarelo. Cobrir o fundo com fatias de pêra descascadas. Por cima verter a massa do bolo.
  5. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 30 minutos. Deixar arrefecer uns 10 minutos e desenformar para acabar de arrefecer.

A receita original era esta, mas acabou numa coisa completamente diferente. :-)
No fim, como pus pouco açúcar no fundo da forma, ainda pincelei as pêras, depois de desenformar o bolo, com algum creme de caramelo que ainda lá tinah em casa.

Bom apetite!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Tarte de Maçã


Hoje estou pelo simples. Estamos a meio de Janeiro, ainda com a agitação natalícia na memória e para além disso este nascer de ano teve direito a um ror de dores de parto inusitadas, por isso, COMPLICAÇÕES, nem quero vê-las!

Juntando o simples ao bem que sabe acender o forno num dia cinzento e frio e dar cheiro quente e doce à casa, trago uma receita muito fácil e rápida de tarte de maçãs. Para acompanhar com o recém-descoberto (para mim) chá de camomila com anis estrelado.

 Ingredientes: 
1 rolo de massa quebrada
2 maçãs 2 colheres de sopa de açúcar
2 ovos
1 pacote de natas light
canela qb

  1. Untar uma forma de tarte e dispôr a massa quebrada. Picá-la com um garfo. 
  2. Cortar a maçã sem cascas em fatias e forrar o fundo da tarte com elas. 
  3. Numa tigela bater os ovos com as natas, o açúcar e a canela a gosto. Verter sobre as maçãs. 
  4. Levar ao forno pré-aquecido a 200ºC, durante cerca de 20 minutos. 

Bom apetite!
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