sábado, 25 de dezembro de 2010

Sangria de Sidra


Uma novidade aqui na casa: uma receita de bebida alcoólica. Não muito alcoólica, admito, mas bem docinha e leve, capaz de alegrar qualquer jantar ou almoçarada por si só.

A sidra não é muito fácil de encontrar nos nossos supermercados mas o Intermarché, não negando as suas origem francesas, costuma ter sidra na versão doce e bruta, variando entre elas o grau de álcool. Como sabem a sidra é resultante da fermentação da maçã e como tal esse é o seu sabor dominante. Em casa também é possível produzir sidra e mas a isso ainda não me atrevi... um dia talvez.

Por agora, fico-me só pela sangria de sidra e talvez ainda vá guardar alguma para fazer uma sidra quentinha com especiarias num dia frio deste Inverno.

Ingredientes:
1 litro de sidra doce
75cl de 7up
1 maçã cortada em pedaços
2 laranjas
1 cálice de vinho do Porto Branco (ou mais)
1 cálice de ginjinha (ou mais)
1 pau de canela
Raspa de gengibre qb
Rodelas de meio limão
Açúcar amarelo qb

  1. Num jarro misturar a sidra, a gasosa, sumo de laranja e meia, vinho do Porto e ginjinha. Juntar a maçã em pedaços, rodelas da restante laranja, algumas rodelas de limão, a canela e o gengibre a gosto.
  2. Por fim, juntar o açúcar amarelo também a gosto e refrigerar durante algumas horas para os sabores se misturarem.

    Bom apetite!

    Embrulhos de Natal


    Depois de muito pensar e de testar outras teorias, acabei por me decidir este ano em oferecer os meus biscoitos de canela nuns saquinhos muito simples de fazer. Este vai ser o meu primeiro post sobre algo não directamente culinário: vou abrir a porta para a sala dos trabalhos manuais.

    O esquema que utilizei foi adaptado de um template do site Belle's Printables. Os sacos foram feitos em cartolina, cada cartolina deu para 3 caixas. O esquema foi desenhado directamente a lápis na cartolina, medido com régua. Depois do esquema feito são só necessários alguns cortes com o x-acto e colar as abas (de lado e de baixo). Para isso usei cola UHU. O topo fechei-o com fita de cetim e mais cola.

    O esquema foi basicamente este (que não está completamente à escala, é meramente indicativo):
     O tracejado corresponde a zonas que se têm de cortar. Como vêem não é um esquema complicado de fazer à régua. E no final fica um saco todo janota.


    Feliz Natal!

    sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

    Biscoitos de Canela


    Este ano passei-o todo já com a receita que ia usar para prenda de Natal escolhida para depois uns dias antes de começar essa empreitada mudar de opinião e escolher uma outra completamente diferente. As grandes preocupações na escolha são sempre: a) o sabor e o prazer que vão proporcionar a quem as receberá, b) a facilidade de fabrico e c) a capacidade para se conservarem e suportarem inclusivé envios pelo correio.  No ponto c) os biscoitos são exímios, desconfio que dentro de uma lata poderiam até ter sido enviados por navio Sagres. Quanto ao b) não tenho razões de queixa: não há passos complicados, não já que estender a massa, não há horas de trabalho activo. E quanto ao a) digo-vos que também estamos garantidos.

    Os biscoitos, como o nome diz, são bolachas que são cozidas duas vezes. Nestes, para a primeira cozedura basta dar-lhes uma forma de rectângulo comprido e estreito. Para a segunda cozedura é só cortar o rectângulo em fatias. Ficam riginhos, o que lhes ajuda a conservarem-se, docinhos, a saber a canela e ficam mesmo a matar com um cházinho ou um leitinho quente. A receita veio do blog da Joy, que tem várias fotografias passo-a-passo da receita. Os meus não os deixei ficar tão dourados e não os polvilhei com tanto açúcar. De resto, estão fiéis.

    Se ainda não despacharam as prendas todas, esta é uma boa maneira de adoçarem o Natal a alguém que mereça. Um bom Natal a todos!

    Receita:
    1. Numa tigela juntar 2 chávenas de farinha, 1,5 colheres de chá de canela, 1 colher de chá de fermento em pó e ¼ colher de chá de sal.
    2. Noutra bater com batedeira 90g de manteiga sem sal com 1 chávena de açúcar, durante quatro minutos. Juntar 1 ovo inteiro e 1 gema e 1 colher de chá de baunilha. Bater bem. Juntar os ingredientes secos da outra tigela e misturar bem até ficar uma massa firme.
    3. Dividir a massa em dois para formar dois rolos compridos. Forrar um tabuleiro com papel vegetal, colocar os rolos de massa e dar-lhes uma forma rectangular. Untá-los com ovo batido e polvilhar com açúcar e canela.
    4. Levar ao forno a 160ºC durante cerca de 40 minutos até ficar firme e dourado. Retirar do forno, deixar arrefecer um pouco, cortar cada rolo em fatias que se dispõem deitadas novamente no tabuleiro, voltar a polvilhar com açúcar e canela e levar ao forno mais 15 minutos.

    No próximo post vou colocar as instruções para fazerem um embrulho jeitoso e simples.

    Bom apetite!

    quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

    Folhados de Salmão e Requeijão

    Mais uns folhadinhos, simples e rápidos, que tanto podem servir como entrada, aperitivos ou prato principal, consoante o tamanho com que os fazem. No meu caso serviram de prato principal de um jantar de semana, já que são de preparação muito rápida e simples.

    A mistura de sabores é clássica, fresca e nórdica. Muito simples mas muito saboroso.

    Ingredientes:
    1 requeijão (usei requeijão de cabra)
    2 colheres de sopa de maionese
    1 colher de sopa de cebolinho picado
    1colher de sopa de rama de funcho picada
    1 embalagem de salmão fumado
    1 folha de massa folhada
    Sal, pimenta e sumo de limão qb

    1. Misturar o requeijão com a maionese, as ervas, o sal e a pimenta.
    2. Esticar a folha de massa de cortar em quadrados ou rectãngulos do tamanho pretendido.
    3. Temperar o salmão fumado com algumas gotas de limão, cortar em tiras e dispô-las pelos vários quadrados de massa folhada. Por cima distribuir o requeijão.
    4. Enrolar cada pedaço de massa, unindo as pontas e levar ao forno a 180ºC durante cerca de 10 minutos até a massa cozer e dourar.
    Bom apetite!

      terça-feira, 14 de dezembro de 2010

      Mousse de Lima - Versão de Inverno



      Comecemos com uma confissão: eu tenho uma leve embirração com o leite condensado! É verdade. Se um doce tem leite condensado eu fico logo com um preconceito negativo em relação a ele, acho sempre que será enjoativo e eu cá gosto ou de sobremesas leves e fresquinhas ou de sobremesas carregadas apenas pela potência do chocolate. Mas esta tem uma coisa que compensa o leite condensado: o sabor fresquinho da lima a cortar o excesso do doce. É muito bom. Mas admito que também muito calórico. Assim que voltar o Verão, já tenho planeada uma versão muito mais leve desta mousse.

      A receita desta foi-me dada por uma amiga, à qual fiz apenas um acrescento.

      Ingredientes:
      2 pacotes de natas
      1 lata de leite condensado
      3 limas
      3 folhas de gelatina neutra

      1. Bater as natas numa tigela. Juntar o leite condensado, o sumo das 3 limas e raspas de 2 delas. Misturar bem.
      2. Pôr a gelatina de molho em água fria. Escorrer a água e levar uns segundos ao microondas para dissolver. Deixar arrefecer um pouco e misturar progressivamente colheres do preparado anterior à gelatina e ir misturando. Depois juntar esta mistura ao resto do preparado e homgeneizar. Levar ao frigorífico cerca de 2 horas e antes de servir, polvilhar com as raspas da outra lima.
      Muito rápido, muito saboroso e no Verão cá há-de aparecer uma versão também assim mas mais light. Até lá, bom apetite!

      sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

      Arroz Asiático de Atum e Delícias


      .... ou como salvar um arroz realmente desenxabido...


      Assim como há aqueles filmes que são tão maus, tão maus, tãão maus que até se tornam bons, também há aqueles dias em que uma pessoa se embrenha cozinha adentro, faz umas experiências audazes e estas acabam num falhanço de tal modo redondo que a refeição se torna épica e memorável. Depois há aqueles dias (geralmente manhãs, antes de sair para o trabalho...) em que a falta de tempo é tanta, o sono é tanto e a falta de vontade idem, que resultam literalmente em "qualquer coisa que se coma, não importa o quê que eu quero é despachar-me e já estou atrasada, ai". Pois esta manhã foi assim e um arroz que eu imaginei suculento, de atum e tomate e temperado com manjericão, acabou num arroz desenxabido de atum, sem tomate nem mangericão nem qualquer sombra de graça.

      Mas mesmo assim não me dei por vencida e à noite voltei-lhe à carga e, já mais acordada, transformei-o em pouco mais de 15 minutos num arroz mesmo, mesmo bom.Sem tomate nem manjericão à mesma, mas com sabores do oriente.

      Ingredientes:
      Arroz basmati cozido para 2 pessoas (o que usei tinha refogado de alho e cebola)
      1 lata de atum (o que eu usei estava já incorporado no arroz)
      5 delícias do mar (cortadas em pedaços)
      1/2 alho francês cortado em palitos(parte verde)
      1 colher de sopa de mirim
      1 colher de sopa de molho de soja
      1 colher de sopa de óleo de sésamo
      Pimento vermelho em cubinhos (conforme o gosto)
      Raspa de gengibre



      1. Numa frigideira ou wok aquecer o óleo de sésamo. Juntar a raspa de gengibre e o pimento vermelho deixar os sabores infundirem 2 minutos. 
      2. Juntar o alho francês e deixar cozinhar uns 4-5minutos, até começar a amolecer. Juntar o atum e as delícias e deixar cozinhar mais 3 minutos.
      3. Juntar o molho mirim e o molho de soja, misturar e depois juntar o arroz. Misturar bem e deixar cozinhar até o arroz secar e ficar bem aquecido.

      Pronto. É rapido e cheio de sabor.  Eu que não aprecio pimento usei muito pouco, cerca de uma colher de sobremesa mal cheia de cubinhos. O molho mirim veio do continente, o óleo de sésamo já não sei ao certo mas acho que veio d'O Celeiro.

      Bom apetite!

      terça-feira, 30 de novembro de 2010

      Rojões com Maçã e Funcho


      Com o frio que está até mesmo sem comida dá vontade de ligar o forno, com comida, para além do quentinho vem ainda o cheiro e o sabor de pratos que não dão quase trabalho nenhum a fazer. Este é um desses. De manhã antes de se sair para o trabalho deixa-se a carne a marinar. À noite quando se chega pouco mais falta que cortar uns vegetais e meter tudo o quentinho do forno.

      A mistura destes sabores é clássica, podendo no entanto ser ainda espevitada por uns pedacinhos de bacon ou substituindo os rojões por costeletas com uma fatia de presunto por cima.

      Ingredientes:
      400g de rojões
      1 maçã (sem caroço e cortada em pedaços)
      1/2 raiz de funcho (cortada em tiras)
      1 cebola roxa (cortada em tiras)
      Alho, vinho branco
      Azeite, sal, pimenta, salva, pimentão doce

      1. Cortar os rojões em pedaços pequenos e mariná-los por algumas horas em vinho branco, sal, pimenta, pimentão doce e alho.
      2. Aquecer o forno a 200ºC. Num tabuleiro juntar os rojões, a maçã, o funcho e a cebola.
      3. Temperar com um fio de azeite, sal, pimenta e salva picada. Misturar tudo bem. 
      4. Levar ao forno durante 30-40min até cozer e a carne dourar.
      Rápido, não é? E esforço zero!
      Bom apetite.

      sábado, 27 de novembro de 2010

      Tarte de Chocolate com Marshmallows


      Só muito recentemente percebi o fascínio dos norte-americanos com os marshmallows assados na fogueira. Mas a verdade é que se antes aquilo são umas borrachinhas esponjosas, depois, passam a ser umas borachinhas caramelizadas e quase crocantes por fora enquanto por dentro a goma se derrete. Não é nada mau, não senhor. Daí até eu e uma amiga termos pensado que no forno também deve ser mesmo bons, foi só o tempo de eu magicar uma tarte de chocolate para os acompanhar. A ideia final surgiu de uma outra gulosice americana, os s'mores, que são no fundo um pequeno pecado feito com bolachas, tablete de chocolate e marshmallows...


      Ingredientes:
      200g de cookies
      90 de manteiga

      4 ovos
      150g de chocolate preto

      2dl de natas
      50g de manteiga
      50g de açúcar
      1 colher de sopa de farinha

      1 pacote de marshmallows

      1. Picar as bolachas juntamente com a manteiga até ter uma consistência de areia molhada. Forrar com esta massa o fundo de uma tarteira.
      2. Numa tigela derreter o chocolate com a manteiga e juntar às natas, açúcar e gemas. Homogeneizar, juntar a farinha e voltar a bater.
      3. Bater as claras em castelo e incorporar cuidadosamente no preparado anterior. Despejar na tarteira  elevar ao forno (180ºC, cerca de 20 minutos). 
      4. Retirar do forno e dispor os marshmallow por cima da tarte (estes vão derreter com o calor). Deixar arrefecer um pouco e depois guardar no frigorífico até ao momento de servir.
      5. Antes de servir colocar no forno novamente para tostar no grill. Bastam poucos minutos, sendo conveniente manter uma vigilância apertada pois facilmente o marshmallow pode tostar demais, pegar fogo e/ou carbonizar completamente.

      A foto é de telemóvel, daí a notória falta de qualidade da mesma.

      Bom apetite!

        segunda-feira, 25 de outubro de 2010

        Folhados com Creme de Marmelo

        E se a vida nos oferece marmelos,...
        ...ninguém nos obriga a fazer marmelada.




        Isto da época dos marmelos nunca me convenceu a 100%. Fruta assada não me encanta e de marmelada gosto mas sem entusiasmo. Ora na maior parte das vezes as sacas de marmelos que transitam cá pela família, acabavam invariavelmente em marmelos assados ou marmelada e geleia e assim sempre que me ofereciam algum saco de marmelos eu respondia: "Ah, obrigado, não vale a pena, não ligo muito."

        Este ano decidi aceitar. Mas nada de fazer marmelada e muito menos marmelo assado! Em vez disso, saiu um cremezinho de marmelo que começou por servir para rechear uns folhados e depois, o que sobrou, ainda deu para barrar umas quantas torradas. E que bem que me souberam.

        Ingredientes:
        2 folhas de massa folhada descongelada (daquelas já esticadas)
        300g de marmelo cortado, com casca e lavado
        3 ovos
        95g de açúcar
        55 g de margarina Vaqueiro
        Sumo de meio limão
        Açúcar em pó qb

        1. Colocar o marmelo num tacho, cobrir com água e levar ao lume e deixar ferver até estar bem cozidos. Escorrer e trasnformá-los em puré com uma varinha mágica. Criar um sistema de banho-maria e colocar o puré a reaquecer.
        2. Em quanto isso, numa tigela bater os ovos com o sumo de limão e o açúcar. Juntar progressivamente ao marmelo mexendo sempre muito bem para incorporar. Deixar cozer cerca de 20 minutos em lume brando, mexendo de vez em quando para se certificarem que não coalha por excesso de calor.
        3. Tirar do lume, misturar a manteiga até derreter.
        4. Enquanto o creme arrefece,  cortar as folhas de massa nos formatos desejados (quadrados, rectângulos, triângulos,...). Colocar num tabuleiro untado com manteiga ou forrado com papel vegetal, até a massa cozer e começar a dourar.
        5. Deixar arrefecer um pouco e depois cortar os folhados (que na cozedura cresceram em altura) a meio de modo a ficarem com uma base e um topo. Rechear com o creme de marmelo, voltar a unir as duas metades e polvilhar por cima com açúcar em pó.
        A receita foi adaptada a partir das tartes de marmelo do blog British Larder e é óptima. :-)

        Bom apetite outonal!

        quinta-feira, 21 de outubro de 2010

        Sopa de Abóbora com Caril

        Outra das benesses do Outono é a abundância de abóbora e com isso lá vêm o creme de abóbora, as papas de abóbora da minha mãe, o couscous com abóbora, cebola, roquefort e manteiga de salva. Mas deste vez veio também algo um pouco diferente.

        Quando tenho um legume qualquer em casa para usar e procuro receitas novas ocorre-me sempre o excelente blog 101 Cookbooks, que para além de ter um aspecto fantástico, tem sempre receitas vegetarianas impecáveis, daquelas que abrem sempre o apetite. Foi adaptado de lá que veio esta variação de sabor tailândes para uma sopa que já era das minhas preferidas, o simples creme de abóbora. E é excelente! Nos próximos fins de semana, vai ser sempre a sopa do dia.

        Ingredientes:
        1 abóbora menina pequena
        1 haste de erva-príncipe fresca
        1 colher de chá ou mais de pasta de caril vermelho
        1/2 lata de leite de coco (usei light)
        Sal, Azeite, água (ou caldo de galinha ou de vegetais)

        1. Cortar a abóbora em pedaços grandes, untar com azeite e sal e levar ao forno quente (190ºC) com a casca para baixo durante uma hora ou até ficar macia.
        2. Depois de arrefecer um pouco e com uma colher retirar a polpa da abóbora. Juntar o leite de coco e a pasta de caril (a gosto e dependendo da potência da mesma). Levar ao lume médio-forte até a fervilhar. Retirar e passar com a varinha mágica juntando progressivamente copos de água ou caldo até ter a consistência desejada.
        3. Amachucar ou quebrar a haste de erva-príncipe com as mãos e juntar à sopa, juntar o sal e um fio de azeite, rectificar o caril, se necessário e deixar ferver novamente.
        A pasta de caril usei uma que há à venda no supermercado do El Corte Inglés. Também já experimentei uma do Lidl e gosto de ambas. Não experimentei com caril indiano (porque são diferentes e eu gosto mais do tailandês, mas é capaz de ficar também bom).

        Bom apetite!

        domingo, 17 de outubro de 2010

        Bolinhos de Cavala...

        ...ou O que Fazer Com Restos de Peixe Cozido


        Peixinho cozido com legumes cozidos é não só o terror da criançada mas também uma refeição muito saudável. Não era tão, tão saudável quanto isso quando eu era pequena porque a regava sempre com maionese em vez do azeite e vinagre tradicionais mas a verdade é que o que se perdia em saudável perdia-se também em terror e assim foi um prato que sempre gostei. No entanto quando sobra, no dia seguinte os restos de peixe e batata cozida nunca me parecem muito apelativos.

        Esta semana sobrou-me cavala cozida, que é um peixe nada pretensioso mas muito saboroso e no dia seguinte resolvi transformá-la nuns bolinhos panados que acompanhei com esta salada de repolho.

        Ingredientes:
        1 cavala cozida desfiada
        2 batatas cozidas
        1/2 cebola picada
        1 colher de sopa de maionese
        1 colher de chá de iogurte natural
        1 colher de chá de ketchup
        1 ovo batido, farinha e pão ralado
        Sumo de limão, sal, pimenta, azeite e cebolinho picado

        1. Esmagar a batata em puré e juntar o peixe desfiado, a cebola picada e cebolinho a gosto.
        2. Misturar a maionese, o iogurte, o ketchup e algumas gotas de sumo de limão. Temperar com sal e pimenta.
        3. Com as mãos moldar a mistura para formar bolinhos. Passá-los por farinha, depois pelo ovo e por fim pelo pão ralado.
        4. Fritá-los em azeite quente, virando a meio da fritura para dourarem de ambos os lados. Escorre-los em papel de cozinha e servir.
        Bom apetite!

        quarta-feira, 13 de outubro de 2010

        Salada de Polvo



        Não é preciso apresentar, pois não? A saladinha de polvo já é uma velha conhecida de qualquer português amante dos petiscos. As receitas variam mas este verão descobri aqui na "casa de pasto" mais próxima que com um ovito cozido à mistura, pode não ficar mais bonita* mas sabe ainda melhor.

        Ingredientes (1 travessa):
        1 polvo pequeno congelado
        1 ovo cozido
        1/2 cebola roxa picada
        1 cebola inteira
        1 dente de alho picado
        2 colheres de chá de vinagre tinto
        2 colheres de sopa de azeite
        Sal, pimenta, coentros e/ou salsa q.b.

        1. Na panela de pressão colocar o polvo congelado e uma cebola inteira descascada. Cozer sobre pressão durante 20 minutos, escorrer o polvo e cortar em pedaços.
        2. Numa tigela juntar o polvo, a cebola roxa e o alho picados, salsa e/ou coentros picados e temperar com azeite, vinagre, sal e pimenta. Misturar tudo de modo a cobrir bem com o tempero. Juntar o ovo cozido cortado em pedaços e colocar por cima ou misturar delicadamente. Servir fresco ou morno.
        *Verdade seja dita que só não ficou mais bonita porque eu não fui lá muito delicada a incorporar o ovo cozido e assim a gema desfez-se e espalhou-se por todo o lado...

        Boa petiscada!

        quinta-feira, 7 de outubro de 2010

        Champagne e Cássis: Panna Cotta



        As nuvens cinzentas cobrem o céu e delas caiem umas gotas finas que acamam a poeira que o vento teima em levantar. A noite arrefece, os casacos saem dos armários para a luz do dia e na cozinha a água fervente corre ao encontro de umas folhas secas e repousa agora tingida e odorante numa caneca bem cheia.

        O chá quente faz parte dos confortos que o Outono traz e mais uma vez um chá da Aromas do Chá inspirou-me para uma sobremesa. Desta feita foi o aroma subtil do Chá Branco aromatizado a Champagne e Cássis que me fez imaginar uma aliança entre o delicado sabor frutado deste chá e a suavidade duma panna cotta ligeira.

        Ingredientes (4-5 pessoas):
        1 pacote de natas
        1 lata de leite evaporado
        2 colheres de açúcar
        2 colheres de chá de Chá Branco Aromatizado Champagne e Cássis
        3 folhas de gelatina

        70g de groselha
        1 colher de sopa de açúcar + 1 colher de sopa de água

        1. Juntar as natas com o leite evaporado e o açúcar e levar ao lume brando até estar quase a ferver. Desligar o lume.
        2. Colocar o chá num infusor e pô-lo de molho no preparado anterior durante 5 minutos.
        3. Enquanto isso, numa taça com água, pôr as folhas de gelatina de molho 5 minutos e  escorrer. Juntar as folhas ao preparado. deixar arrefecer uma hora à temperatura ambiente e depois refrigerar pelo menos 2 horas.
        Para acompanhar, o ideal seria usar groselhas (sendo cássis uma groselha). Para isso levá-las ao lume com uma colher de açúcar e outra de água, até formar uma espécie de compota e servir uma colher com cada panna cotta. Por azar no dia em que fiz a panna cotta não consegui arranjar groselhas em lado algum (dois dias depois, já haviam em todo o lado...) e assim usei antes framboesas para fazer a compota de acompanhamento (que não ficou na fotografia).

        Bom apetite!

        terça-feira, 5 de outubro de 2010

        Folhado de Atum e Beringela

        Das colheitas deste fim de Verão, princípio de Outono chegaram-me cá a casa azeite, tomates, cebolas, agrião, feijão verde, manjericão e umas quantas beringelas que não tiveram tempo para sequer procurarem um espaço no frigorífico, assim que chegaram foram logo convocadas para o jantar de domingo. Ora como domingo é dia de não me apetecer cozinhar, nada mais simples que mobilizar a massa folhada do congelador e fazer uns folhados recheados com beringela e atum.


        Ingredientes (2 pessoas):
        1 folha de massa folhada estendida descongelada
        1 beringela pequena cortada em pedaços
        1 lata de atum em azeite
        1/2 cebola picada
        2 colheres de sopa de polpa de tomate
        1 colher de chá de ketchup
        sal, pimenta, manjericão, azeite

        1. Numa frigideira aquecer um fio de azeite e refogar a cebola até estar transparente. Juntar a beringela, temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar.
        2. Adicionar o atum escorrido, a polpa de tomate, o ketchup e deixar o molho apurar. Rectificar o sal, juntar o manjericão picado e reservar.
        3. Cortar a folha de massa folhada em quatro. Rechear dois dos pedaços de massa com o recheio de beringela e atum e tapá-los com os outros dois pedaços, pressionado os bordos para que fiquem unidos.
        4. Levar ao forno até a massa cozer e dourar.
        Bom apetite!

        domingo, 26 de setembro de 2010

        Adeus ao Verão: Sobremesa de Framboesas e Lima



        O Verão por este ano acabou. Não só o diz o calendário como o dizem as noites mais frias e a aragem fresca que já se faz sentir mesmo nos dias de sol:  este ano parece que o Outono está a ser pontual. Mas antes que ele se instale em todo o seu esplendor de castanhos e cheiro a terra molhada, despeço-me do Verão com uma sobremesa fresca e frutada.

        Ingredientes (5 pessoas):
        125g de framboesas
        1 lima
        1 pacote de mascarpone
        200ml de natas (refrigeradas)
        3-4 colheres de sopa de açúcar
        3-4 bolachas digestivas pulverizadas
        1 folha de gelatina

        1. Reservar 5 framboesas para decoração. Colocar as restantes no saco com 2 a 3 colheres de açúcar (consoante a acidez das framboesas) e levar ao congelador dum dia para o outro.
        2. Bater as natas com uma colher de açúcar e misturá-las com o mascarpone. Esmagar as framboesas congeladas e incorporá-las na mistura anterior. Juntar o sumo da lima e bater tudo muito bem.
        3. Demolhar a folha de gelatina 5 minutos, escorrer e levar ao microondas uns segundos até liquefazer. Juntar-lhe um pouco da mistura anterior para arrefecer suavemente a gelatina e depois misturá-la ao resto da mistura.
        4. Dispor o creme em copos ou taças de vidro, alternado com camadas de bolacha esmagada. Levar ao frigoríco pelo menos duas horas e servir decorado com framboesa e raspa de lima.
        Se não houver tempo para levar as framboesas ao congelador pode-se passar esse paço à frente. A quantidade de framboesas pode ser aumentada a gosto se preferirem.

        Bom apetite!

        terça-feira, 21 de setembro de 2010

        Pataniscas de Polvo


        Já foi na primavera passada que numa bela tarde de fim de semana, enquanto regressava a casa de carro, ouvi uma entrevista deliciosa a Filipa Vacondeus no programa "Fala com Ela" da Rádio Radar. A meio da entrevista gabava a mítica cozinheira e apresentadora a cozinha típica portuguesa em geral e as pataniscas de polvo em particular, enfaticamente. Desde então andei com as ditas pataniscas a pular na memória e mais de 3 meses depois (para a última refeição antes de sair para as férias de Verão) lá me saltaram as pataniscas da imaginação para o prato.

        A receita é da Vaqueiro (apenas com uma redução no pimento que eu não aprecio) e é boa mas ainda hei-de encontrar uma versão da Filipa Vacondeus que a dela pela água que me deixou na boca há-de ser ainda melhor!

        Ingredientes:
        500 g de polvo congelado (pequeno)
        1 cebola picada + 1 cebola inteira
        2 dentes de alho picados
        1 colher de sopa de pimento picado
        2 colheres de sopa de milho doce cozido
        1 a 2 colheres de sopa de salsa picada
        100 g de farinha
        2 ovos
        1 dl de água
        Sal, pimenta e óleo para fritar

        1. Colocar o polvo ainda congelado na panela de pressão com uma cebola descascada e cozer durante 20 minutos. Escorrer (eu reservei a água para fazer arroz) e cortar o polvo em pedacinhos.
        2. Numa tigela juntar a cebola picada, o alho, o pimento, o milho, a salsa e a farinha. Misturar e juntar os ovos ligeiramente batidos. Mexer tudo, temperar com sal  pimenta e juntar aos poucos a água até ter uma consistência boa para fritar (pode não ser necessário juntá-la toda). Juntar o polvo e mexer.
        3. Aquecer o óleo e fritar colheradas do polme. Deixar alourar dos dois lados e depois escorrer sobre papel absorvente.

        Bom apetite!

        sexta-feira, 10 de setembro de 2010

        Cheesecake de chocolate


        Não se pode dizer que eu ande por aí a disfarçar o meu gosto por chocolate. Aliás ao longo dos anos este gosto foi-se intensificando (não em frequência mas em potência) e hoje em dia periodicamente lá me saem da cozinha umas sobremesas bem puxadinhas no chocolate. Se mais provas fossem necessárias, para além das fotografias, bastava-me dizer que houve quem espirrasse três vezes à primeira dentada, o que na pessoa em questão quer dizer que é chocolate bem potente (também funciona com café...).

        A receita é duma das minhas duas preferidas revistas portuguesas de culinária, a Blue Cooking (a outra sendo a Saberes & Sabores). Tanto uma como a outra esmeram-se na apresentação (e eu admito que primeiro que tudo como com os olhos) e nas receitas. Em vez de serem uma repetição constante das mesmas receitas de há 20 anos atrás ou das receitas tradicionais ou regionais (nada contra a comida tradicional portuguesa, que é bem boa, mas se não herdámos já essas receitas de família, há milhares de outros sítios onde as encontrar já). E tanto uma como a outra têm uma segunda vida online que no caso da Blue Cooking passa pela disponibilização integral de cada revista (em troca do uso de marcas nas suas receitas mas conseguem fazê-lo sem que soe abusivo). Este cheesecake podem encontrar na revista nº46 de Maio deste ano.


        Ingredientes:
        2 pacotes de mousse instantânea
        1 embalagem de queijo tipo Philadelphia
        1 embalagem de natas
        3 folhas de gelatina
        200g de cookies de chocolate
        90g de manteiga derretida.


        1. Picar as bolachas e juntar a manteiga derretida até ficar com uma consistência de areia molhada. Forrar com esta massa o fundo de uma forma de mola untada e levar ao frigorífico 15 minutos.

        2. Bater as mousses com o queijo e as natas bem frias. Demolhar a gelatina em água fria, escorrer e derreter com 2 colheres de sopa de água 5 a 10 minutos no microondas. Misturar com o preparado das mousses.

        3. Verter sobre o fundo de bolacha e levar ao frigorífico durante pelo menos 3 horas.

        Provavelmente também ficará bom com mousse "a sério" mas para um cheesecake que não vai ao lume, não ter de usar ovos crus no meu ponto de vista é positivo. Obviamente ficará tão bom quanto melhor for a mousse instantânea que usarem e por melhor não me refiro à mais cara que houver no supermercado mas àquela cujo sabor mais vos agrada. A minha preferida é a do Pingo Doce, que tem um sabor forte a chocolate, ao contrário de algumas marcas que tem um sabor aguado. E realmente ficou bem potente. mesmo ideal para nos confortar pelo fim das férias e do Verão.

        Bom apetite!

        sexta-feira, 20 de agosto de 2010

        Salada de Repolho e Lombo Panado com Buttermilk


        Ainda com a embalagem de buttermilk no frigorífico, resolvi usá-lo para uma outra receita (duas receitas, na realidade). Como o buttermilk é muitas vezes usado para panar frango e havia lá pelo frigorífico, não frango, mas fatias de lombo de porco, resolvi experimentar aplicar-lhes o mesmo processo. O resultado foi surpreendente: não estava à espera de notar grande diferença mas a verdade é que o sabor e a textura do panado fica muito diferente, fica... nem sei definir... fica especial.

        Ingredientes:
        Lombo fatiado
        Farinha
        Pão ralado
        Queijo parmesão ralado
        Buttermilk
        Sálvia picada
        Sal, pimenta, azeite

        1. Espalmar os lombos para quem fiquem o mais fino possível. Temperar com sal e pimenta.
        2. Na bancada de trabalho colocar 3 pratos, o primeiro com farinha, o segundo com buttermilk e o terceiro com uma mistura de Pão ralado, parmesão e a sálvia picada. Passar as fatias de lombos pelos 3 pratos, por essa ordem e fritar em azeite até estar dourado de ambos os lados.




        Para acompanhar, salada de repolho com fusilli, que no dia seguinte, juntando um pouco de queijo, serviu como um jantar leve de Verão. Levou buttermilk no tempero mas este pode ser facilmente substituído por iogurte natural.



        Ingredientes:
        Massa fusilli
        Repolho (sem folhas exteriores) cortado em juliana muito fina
        Maçã cortada em pedaços
        Alho francês cortado em fatias fininhas (cerca de 1-2 colheres de sopa para 2 pessoas)
        Buttermilk (2 colheres de sopa)
        Maionese (1 colheres de sopa)
        Mostarda (1 colher de chá)
        Salsa picada
        Sal e pimenta

        1. Cozer a massa em água com sal.
        2. Entretanto numa taça juntar o repolho com o alho francês e a maçã. Temperar com a mistura de buttermilk, maionese, mostarda, salsa, sal e pimenta.
        3. Juntar o fusilli ao repolho e misturar.

        Bom apetite.

        quarta-feira, 11 de agosto de 2010

        Bolo de Chocolate com Buttermilk



        O calor deste Verão patrocinado em acção conjunta pelo excesso de generosidade da Mãe Natureza (talvez instigada por algum sentimento de vingança) e pela avaria infindável de um ar condicionado tem-me embotado a energia e as melhores intenções e levado ao atraso na actualização aqui da Casa. É esta a minha desculpa. É verdadeira mas não deixa de ser uma desculpa e como tal hoje vou pô-la de lado e meter mãos ao trabalho.

        Há umas semanas atrás passei por um supermercado onde nunca tinha entrado e dei de caras com uma embalagem de buttermilk. O buttermilk é mais uma "esquisitice" que abunda nas receitas anglo-saxónicas, desta feita, uma variação láctea: uma espécie de leite ligeiramente fermentado. Pode ser substituído por uma mistura caseira de leite com um pouco de sumo de limão mas até agora nunca tinha sentido necessidade de o utilizar. No entanto, mesmo que não houvesse a necessidade, houve a curiosidade (e enfim, talvez um pouco de consumismo...) e não resisti a comprar para experimentar.

        Uma vez com a embalagem no frigorífico houve que escolher receitas onde usá-lo e uma delas foi escolhida a pensar num lanche em viagem, quase um pic-nic. Um bolo de chocolate intenso mas sem ser "peganhento": antes fofo e húmido. Por ser para uma viagem e para evitar que acabássemos o lanche todos lambuzados, recheei-o apenas no meio, sem o cobrir com molho de chocolate e como utilizei uma forma de tipo "bolo inglês" sobrou-me massa que guardei no frigorífico 3 dias e depois usei para fazer pequenos queques em ramekins.

        A receita veio originalmente daqui e o resultado final foi muito satisfatório. Faria e certamente farei este bolo mais vezes.


        Ingredientes:

        3 chávenas de farinha
        2,5 chávenas de açúcar
        1colher de sopa e 1 de chá de bicarbonato de sódio
        1/2 colher de chá de sal
        1 chávena de cacau em pó
        1+1/3 de chávena de óleo
        1,5 chávena de buttermilk
        3 ovos grandes
        1,5 chávena de café forte quente
        1 colher de chá de essência de baunilha

        100g de chocolate preto
        100ml de natas

        1. Aquecer o forno a 180ºC. Se for caso disso untar uma forma com manteiga (eu usei uma forma de silicone e não foi preciso untá-la).
        2. Misturar a farinha, o açúcar, o bicarbonato, o sal e o cacau. Misturar com a batedeira eléctrica no mínimo e ir juntando lentamente o óleo, o buttermilk, os ovos um por um e por fim juntar o café quente num fio que escorra pelas paredes da tigela. Juntar a baunilha e bater até ficar suave.
        3. Levar ao forno durante 30-35 minutos, até um palito sair seco mas com migalhas húmidas quando espetado na massa. Deixar arrefecer 20 minutos.
        4. Entretanto em banho-maria derreter o chocolate juntamente com as natas, misturando bem quando o chocolate estiver derretido. Cortar o bolo ao meio, espalhar o recheio e voltar a unir as duas metades.

        Outra possibilidade é cozer o bolo em duas formas redondas e depois colocar os dois bolos resultantes um no topo do outro unidos e cobertos pelo recheio (depois de retirar a "côdea" das faces que ficam viradas para o meio). Feito nos ramekins o bolo não levou tanto tempo a estar pronto, cerca de 25 minutos (mas o meu forno não anda de boa saúde e por isso a temperatura seria maior que 180ºC). O melhor é manterem o bolo debaixo de olho.

        segunda-feira, 2 de agosto de 2010

        Massa com Beterraba, Bacon e Queijo

        Não me canso da cor que a beterraba dá a tudo o que toca e para mais, como sou grande fã do agridoce, também não me canso do seu sabor adocicado e "térreo". Um sabor que fica mesmo bem combinado com laranja.

        A inspiração para a receita veio do site da BBC Good Food, de duas receitas em particular: Spiced beet salad with bacon e Roasted beets with feta & cumin. Ficou um agridoce equilibrado e por mim vai ser uma receita a repetir.

        Ingredientes (2 pessoas):
        2 beterrabas médias/pequenas
        100g bacon em pedaços
        1 queijo saloio mix ou queijo fresco de cabra
        1 cebola roxa
        150g Fusilli ou macarrão
        1/2 laranja
        2 colheres de chá de gengibre ralado
        2 colher de chá de vinagre balsâmico
        sal, pimenta, azeite, cominhos

        1. Cozer a massa de acordo com as instruções da embalagem e reservar.
        2. Descacar a eterraba e cortar em quartos. Cozinhar no microondas, num recipiente tamado durante 4 minutos na potência máxima. Deixar repousar 2 minutos e cortar os quartos em pedaços mais pequenos.
        3. Numa frigideira aquecer um fio de azeite e fritar nele o bacon até dourar. Juntar a cebola cortada em quartos e deixar refogar até começar a ficar translúcido. Juntar a beterraba, o sumo de laranja, o vinagre balsâmico e o gengibre ralado. Temperar com pimenta, cominhos e sal (moderado por causa do bacon). Deixar cozinhar uns minutos até o molho reduzir e apurar e antes de desligar o lume, juntar a massa.
        4. Por fim, misturar o queijo cortado em pedaços.
        Bom apetite.

        sábado, 24 de julho de 2010

        Espetadas de frango


        O dia está a chegar ao fim. Lá fora está ainda sol e calor, acabámos de chegar da praia e por momentos as férias parecem menos distantes do que o calendário testemunha. Para prolongar a sensação pensa-se num jantar simples, rápido e a clamar "bom tempo pro todos os poros: churrasco.

        Churrasco de frango, por um bom motivo: demora a marinar o tempo de se tomar banho e voltar a vestir, uma meia hora. A receita veio maioritariamente do programa de tv Dias com Mafalda, na Sic Notícias. A acompanhar sangria de sidra, salada e um pequeno pecado: batata frita de pacote. Que mais pode faltar para saber a férias? :-)

        Ingredientes (2 pessoas):
        2 peitos de frango
        1/2 iogurte natural
        1 colher de chá de raspa de gengibre
        1/2 colher de chá de açafrão das Índias
        1 colher de sopa de coentros picados
        6 tomates cereja
        6 pedaços ou fatias de bacon
        1 cebola pequena cortada em quartos
        6 cogumelos inteiros
        6 espetos demolhados em água (2 horas)
        Sal e pimenta

        1. Cortar o frango em cubos e marinar em iogurte, gengibre, açafrão e coentros durante 30 minutos.
        2. Distribuir o frango pelos espetos entremeado com os tomates, cogumelos, a cebola e o bacon (se for em fatias, espetá-las enroladas). Temperar com sal e pimenta.
        3. Aquecer a grelha e grelhar virando para dourar uniformemente.
        Eu obviamente não demolhei os espetos o tempo suficiente e estes arderam um pouco. Felizmente os espetos não são para ser comidos... A receita original usava outros complementos ao frango, obviamente podem usar aqueles que o vosso gosto, imaginação e disponibilidade permitirem.

        Assim terminou mais um dia de descanso. Ai, ai, e as férias que nunca mais chegam...

        Bom apetite!

        quinta-feira, 15 de julho de 2010

        Mini Rolos de Carne Folhados


        Esta receita pode servir tanto para prato principal como para uns aperitivos (nesse caso provavelmente faria os rolos de carne um pouco mais finos, com menos "sustança"). Com a pressa habitual dos meus jantares de semana, não dei tempo suficiente à massa folhada para descongelar bem e ela vingou-se de mim crescendo pouco (para azar o dela, eu até prefiro assim). O conceito serve para muitas variantes: podem usar a receita de rolo que mais prefiram, rechear o rolo, enrolá-lo em queijo, etc.

        Ingredientes:
        300g de carne
        1 pacote de massa folhada
        1 cebola pequena
        1 dente de alho
        1 colher de sopa de polpa de tomate
        1 colher de sopa de molho de soja
        1 ovo
        2 colheres de sopa de pão ralado
        Azeite, sal, pimenta, cebolinho

        1. Juntar a cebola cortada, o alho, a polpa de tomate, cebolinho a gosto e o molho de sopa num recipiente e passar com varinha mágica (ou picar tudo num robot). Temperar com pimenta e rectificar o sal (ter em atenção que depois este tempero vai ser diluído pela carne e por isso é desejável que nesta fase tenha um sabor intenso).
        2. Misturar a carne com o tempero anterior e o ovo batido. Juntar 2 colheres de sopa de pão ralado ou o suficiente para se poder moldar a carne. Formar rolos do tamanho desejado.
        3. Aquecer uma frigideira com um pouco de azeite e, em lume médio-alto, fritar os rolos de carne o tempo suficiente para dourar, virando-os para que dourem em todos os lados. (Não convém deixar cozinhar em demasia, senão vai ficar muito seco no final).
        4. Estender a massa folhada e cortá-la em tiras pouco menores em largura que o comprimento dos rolos de carne. Enrolar cada um deles com uma volta de massa folhada e selar a ponta com a ajuda de um pouco de água.
        5. Levar ao forno a 220ºC durante 15 minutos ou até a massa cozer e dourar.
        Pode ser servido com arroz, salada ou como já foi dito servirem como aperitivo ou entrada.

        Bom apetite!

        quinta-feira, 8 de julho de 2010

        Crumble de Frutos Vermelhos

        Um taça de crumble acabado de sair do forno poderia não ser a imagem mais apetecível no meio da onda de calor que se faz sentir mas poucas coisas dizem mais "Verão" que uma bela mistura de amoras, framboesas, morangos e cerejas. E se tê-la numa taça, quente, derretida quase numa calda e coberta por bolacha, é demasiado calor para um destes dias ou noites de Verão, a solução é muito simples: uma bola de gelado stracciatella estrategicamente colocada no topo de tudo.

        A receita do crumble é da Nigella. Acho que é a primeira receita dela que ponho aqui no blog, talvez a primeira que experimento, pelo menos fielmente (excepto no facto de que ela usa massa do crumble e frutos congelados). Usei-a para sobremesa de um almoço de família e foi um sucesso.


        Na minha foto não dá para avaliar mas na realidade fica com uma cor lindíssima. No fim até dá pena ter de lavar as taças.

        Ingredientes (4 pessoas):
        100g de farinha
        1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
        50g de manteiga refrigeradas (cortada em pedaços)
        3 colheres de sopa de açúcar (a receita diz demerara mas usei adoçante por necessidade)

        700g de mistura de frutos vermelhos (usei amoras, morangos, cerejas e framboesas)
        8 colheres de chá de açúcar (usei novamente adoçante)
        4 colheres de chá de maizena
        Sumo de lima ou limão qb (umas gotinhas em cada taça)

        1. Misturar a farinha com o bicarbonato e adicionar a manteiga. Incorporá-la com os dedos até ficar uma mistura com textura de areia. Misturar o açúcar.
        2. Distribuir a mistura de frutos pelas taças. Polvilhar cada uma com 1 colher de chá de maizena e 2 de açúcar e envolver ligeiramente.
        3. Cobrir cada uma com a massa do crumble, sem a preocupação em cobrir homogenamente (até fica mais giro se os bordos estiverem pouco tapados para deixarem ver alguma da cor quando os frutos ferverem).
        4. Levar ao forno a 220ºC durante 15 minutos e servir quente com uma bola de gelado em cima.
        Por fim, já que há essa possibilidade, fica aqui o vídeo original da receita.


        Bom apetite!

        terça-feira, 29 de junho de 2010

        Pasta de Camarões com Pesto

        Parece que desde que ando a cozinhar com mais frequência, não paro de cozinhar e de falar em ingredientes que até há pouco tempo não gostava. Não é que não haja inúmeros outros ingredientes, que sempre gostei e que me dêem vontade de cozinhar. É só que estes são encantos mais recentes, logo o entusiasmo está mais fresco.

        Aqui nesta receita, é o pesto. O meu problema com o pesto era o pinhão e a minha aversão a toda essa classe de frutos secos, até ao dia em que uma tia me colocou um fresco de pesto caseiro e um prato de tostas à frente e a partir daí todos os meus problemas com o pesto escorregaram-me garganta abaixo e dissolveram-se.

        Ainda não tive a paciência para fazer pesto caseiro (falta-me um instrumento adequado) e como tal usei pesto feito, de compra. Se quiserem fazer em casa, há muitas receitas disponíveis por aí. Um dia peço a receita à minha tia e partilho-a.


        Ingredientes (2 pessoas)
        2 colheres de sopa de pesto de basílico
        100g de camarão pequeno descascados
        6 camarões grandes descascados
        1/2 courgete cortada
        Esparguete qb
        1 colher de sopa de sumo de limão
        1 alho picado
        Sal e pimenta
        2 espetos de madeira (se for grelhado directamente no lume, pô-los de molho em água primeiro)

        1. Numa tigela ou num saco de plástico juntar os camarões e a courgete cortada em pedaços. Temperar com 1 colher de sopa de pesto, sumo de limão, sal, pimenta e alho picado. Deixar 30 minutos a marinar.
        2. Colocar o esparguete em água a ferver, temperada com sal. Cozer até estar al dente (cerca de 7 minutos). Escorrer.
        3. Entretanto, retirar os camarões maiores da marinada e espetá-los equitativamente em espetos de madeira. Reservá-los.
        4. Aquecer o grelhador no fogão (também pode ser feito num grelhador "a sério") em lume médio-alto. Colocar numa metade do grelhador, os camarões pequenos com a courgete e a marinada. Deixar dourar um minuto antes de mexer e deixar cozinhar até a courgete começar a amolecer e os camarões estarem cozidos. Juntar ao esparguete com mais uma colher de sopa de pesto e levar ao lume mais um minuto até envolver bem o pesto com a massa.
        5.  Colocar as espetadas de camarão na metade limpa do grelhador e deixar cozinhar cerca de 1 minuto de cada lado, pincelando com um pouco de pesto de cada lado. Servir com a massa.
        Bom apetite!

        terça-feira, 15 de junho de 2010

        Costeletas com crosta de compota de citrinos


        Finalmente comecei a pôr a uso o último livro que comprei de Mafalda Pinto Leite (que na verdade é o primeiro dela, o Cozinha Para Quem Não Tem Tempo, sendo que agora passa para a minha lista de compras o mais recente, Dias com Mafalda...). E como esperado, correu muito bem.

        Esta receita é baseada na receita "Porco com crosta de compota de laranja amarga com cuscuz". Fiz-lhe várias alterações: na peça de carne usada, no tempero, na crosta, na parte do cuscuz e na compota (usei uma compota que fiz no Outono de laranja, toranja e lima com sementes de funcho) mas o essencial, o espírito do prato, mantém-se. Agora estou em pulgas para arranjar uma oportunidade para juntar vários amigos lá em casa e pô-los a experimentar estas costoletas.

        Ingredientes:
        4 costeletas
        Compota de citrinos (ou de laranja amarga)
        Pão ralado qb
        1 colher de sopa de sementes de sésamo
        Azeite, sal, pimenta, cominhos

        1 chávena de cuscuz
        1 chávena de água a ferver
        1/2 chávena de ervilhas cozidas
        1/2 chávena de milho cozido
        1 colher de sopa de salsa picada
        raspa de 1/2 laranja (ou qb)
        1 noz de manteiga, sal

        1. Espalmar as costoletas. Temperar com sal, pimenta, cominhos e com compota (o suficente para untar bem cada costoleta). Deixar marinar 30 minutos.
        2. Sem as secar da marinada, cobrir as cotoletas com as sementes de sésamo (calcá-las para aderirem) e com o pão ralado.
        3. Numa frigideira aquecer um pouco de azeite e fritar as costoletas, uns minutos de cada lado, até dourarem. Colocar num tabuleiro e levar ao forno 15 minutos.
        4. Quando desligar o forno, juntar a água a ferver com sal ao cuscuz, tapar e aguardar 5 minutos. Juntar a raspa de laranja, a manteiga, a salsa e as ervilhas e o milho. Mexer tudo com um garfo.
        Bom apetite!

        terça-feira, 8 de junho de 2010

        Beringela Recheada com Atum



        Quando experimentei fazer Beringela Recheada pela primeira vez, fi-la com carne picada. E mais que uma pessoa sugeriu-me logo a beringela recheada com atum. Mas em contrapartida nenhuma dessas pessoas partilhou a receita comigo. Vai daí... quando tive nova oportunidade de rechear uma beringela, quis experimentar a sugestão e olhem, inventei.

        Acho que me saí bem, mas verdade seja dita, quando estamos a cozinhar só pr'a nós próprios (como foi o caso) é muito mais fácil acertar no ponto.

        Ingredientes:
        1 lata de atum
        1 fatia de pão ressequido
        1 beringela
        1 tomate picado
        1/2 cebola picada
        Azeite, sal, pimenta, manjericão
        Queijo qb

        1. Cortar a beringela ao meio, escavar o miolo com uma colher e reservá-lo. Untar as duas metades com azeite e polvilhar com algum sal. Levar ao forno a 200ºC durante 10 minutos.
        2. Entretanto levar a cebola ao lume numa frigideira com azeite. Quando amolecer juntar o tomate e a beringela picados, temperar com pimenta e deixar cozinhar até a beringela cozer. Juntar o atum e deixar cozinhar mais 3 minutos. 
        3. Juntar o pão esfarelado em pedaços e manjericão picado. Misturar tudo bem.
        4. Rechear as metades da beringela com a mistura e polvilhar com queijo (parmesão, mozzarella ou mistura de queijos ralados ou por exemplo, umas fatias de queijo saloio mix, que foi o que eu usei). levar ao forno mais 10 minutos até o queijo gratinar.

        Como o atum já tem sal e o queijo que usei também não é muito modesto neste constituinte, optei por não acrescentar sal ao recheio mas isto claro que depende do gosto de cada qual.


        Bom apetite!

        terça-feira, 1 de junho de 2010

        Panna Cotta de Coco com Compota de Morango e Ruibarbo

        Ao fim de algum tempo a ver programas de culinária de origem britânica é normal que nos surja alguma curiosidade quanto a alguns ingredientes menos comuns na nossa gastronomia. O ruibarbo é um deles e este ano o Pingo Doce resolveu satisfazer-me essa curiosidade, disponibilizando-o para venda. Agora que já experimentei o ruibarbo, o que posso dizer sobre ele? Que é ácido, que coze surpreendentemente rápido e que depois de cozido não é nada lenhoso ao contrário do que o seu aspecto me sugeria. Se vou ficar fã? Bem, a sobremesa ficou muito boa mas ainda assim, provavelmente não, pelo mesmo motivo que não sou fã de Maçãs Reinetas nas sobremesas de maçã. Mas para quem gosta desse toquezinho de acidez no meio do doce, o ruibarbo é um ingrediente a reter.

        Ingredientes (4-5 pessoas):
        1 pacote de natas (200ml)
        300ml de leite de coco
        5 folhas de gelatina
        3 colheres de sopa de açúcar

        100g de morangos
        50 g de ruibarbo
        3 colheres de sopa de açucar amarelo
        2 colheres de sopa de sumo de laranja

        1. Cortar o ruibarbo em pedaços com cerca de 1,5cm e levar ao lume com o sumo de laranja, sem ferver, durante 4 minutos. Adicionar os morangos cortados em pedaços e o açúcar. Deixar ferver até os morangos ficarem bem cozidos, mexendo com frequência. Esmagar com um esmagador de batata ou passar no passe-vite, distribuir pelo fundo das taças e reservar no frio.
        2. Colocar as olhas de gelatina de molho em água fria.
        3. Levar as natas ao lume com o açúcar e deixar cozinhar durante 5 minutos (pode-se deixar ferver).  Retirar do lume e juntar o leite de coco.
        4. Espremer as folhas de gelatina e juntá-las às natas com leite de coco e msiturar bem. Distribuir pelas taças e refrigerar até solidificar.
        Se quiserem desenformar a panna cotta, podem ou juntar um pouco de pectina ou gelatina à compota ou então juntá a compota só à sobremesa já desenformada em vez de a colocar no fundo da taça.

        sexta-feira, 28 de maio de 2010

        Repolho com molho inglês

        De todas as  receitas do Jamie Oliver que experimentei fazer, só houve uma que não gostei. "Savoy cabbage with Worchestershire Sauce" ou em bom português "Repolho com Molho Inglês". Não é que a receita seja má. O que me pareceu é que é uma receita para ingleses e não para o meu palato português destreinado para os sabores tipicamente anglo-saxões. Mas como gosto muito de repolho e a foto que vem no livro está-me sempre a piscar o olho cada vez que o abro, não desisti da receita mas alterei-a para ficar mais a meu gosto. E assim, já gosto muito dela.
        Nesta ocasião foi feita para acompanhar um rolo de carne envolto em massa folhada, do qual não partilho a receita porque não fui eu que o fiz. Mas digo já que estava bem bom.

        Ingredientes (2-4 pessoas):
        300g de juliana de repolho (se usarem as folhas mais escuras e mais rijas convém cortá-las à parte)
        50g de alho francês (ou mais conforme o gosto)
        1 colher de sopa de molho inglês
        2 colheres de chá de molho de soja
        1 colher de sopa de manteiga (mais ou menos...)
        Azeite, sal e pimenta


        1. Aquecer um pouco de azeite numa firgideira ou wok. Adicionar o alho francês (e evnetualmente a juliana das folhas de repolho mais rijas) e deixar cozinhar cerca de 4 minutos.
        2. Adicionar a restante juliana de repolho e misturar bem com  o alho francês. Temperar com o molhos inglês e de soja e com pimenta e sal (cautelosamente porque o molho de soja já tem bastante). Deixar cozinhar mais 4 minutos, mexendo constantemente.
        3. Rectificar os temperos, retirar do lume, juntar uma colher de manteiga e servir.
        Bom apetite!

        sábado, 22 de maio de 2010

        Beringela e Tomate Assados com Queijo


        Quando faço jantar só para mim, geralmente não encontro disposição para "jantares a sério". Disponho-me muito mais depressa a fazer pequenos petiscos para comer em frente à TV, na sala que na cozinha só há rádio (sintonizado no "Bairro do Amor" da Rádio Radar durante a preparação dos jantares de semana...).

        A maior parte dos petiscos são aquilo a que eu chamo "comida de solteiro". Improvisações com o que há no frigorífico sem grande memória. Não foi o caso desta vez. Este petisco é um clássico e funciona muito, muito bem. Tão bem que superou as minhas expectativas. A receita em si, veio de muitos sítios e de nenhum em específico.

        Ingredientes (1 pessoa):
        1/2 beringela pequena
        1 tomate cortada em fatias
        Queijo de cabra ou misto (usei Saloio Mix)
        Manjerição picado
        Azeite, sal e pimenta

        1. Cortar a beringela em fatias, untar com azeite, sal e pimenta e saltear ou grelhar até dourar (virando a meio).
        2. Empilhar uma fatia de beringela, uma fatia de tomate, algum manjericão e uma fatia de queijo. Repetir as camadas e terminar com mais algum manjericão.
        3. Levar ao forno a 200º até o queijo derreter e começar a dourar.
        Fica muito bom servido com molho de tomate e é um petisco que pode funcionar como uma entrada ou mesmo com um prato principal vegetariano (lacto-vegetariano...). Como a minha intenção não era nem uma nem outra, comi-o com uma salsicha que cortei em rodelas e que levei ao forno no mesmo tabuleiro que a beringela.

        Bom apetite!

        quarta-feira, 19 de maio de 2010

        Iogurte com maçã

        Finalmente ao fim de mais de um ano de procura, comprei o primeiro livro de Mafalda Pinto Leite, Cozinha Para Quem Não Tem Tempo. O acontecimento foi facilitado pela fresquíssima nova edição, num formato mais compacto (e mais barato) mas mesmo assim tive de ir duas vezes à Feira do Livro para o comprar porque da primeira vez já tinham esgotado os exemplares disponíveis no stand d'A Esfera dos Livros.

        Obviamente estou muito satisfeita com a compra mas ainda não tive oportunidade de pôr alguma das receitas em acção. Por enquanto estou na fase de folheá-lo atentamente (estudiosamente, diria até) e de sublinhar as que estou a planear fazer mais proximamente. Ainda continuo na secção dos "10 minutos" e já tenho umas quantas sublinhadas...

        Logo no princípio do livro está a secção dos pequenos-almoços de 10 minutos, com várias receitas com iogurte e frutas e que me deixou com vontade de partilhar a combinação de iogurte e fruta que faço com mais frequência cá em casa, seja ao pequeno-almoço, seja como sobremesa depois do jantar. Se acharem que é tão simples que nem sequer merece ser chamada de receita, a culpa é do livro que me encorajou a escrevê-la. :P

        Ingredientes (1 pessoa):
        1 iogurte natural (sem açúcar)
        1/2 maça picada
        1 colher de chá de mel
        Canela e gengibre em pó, q.b.
        Sumo de limão q.b.

        Numa taça juntar o iogurte, a maçã picada e o mel. Polvilhar com gengibre moído e canela em pó, a gosto. Juntar algumas gotas de limão e misturar tudo.

        Quando a faço como sobremesa geralmente não uso a totalidade do iogurte e diminuo as restantes doses também.

        domingo, 16 de maio de 2010

        Frango Gratinado com Molho de Tomate

        Às vezes avançamos pela cozinha a dentro sem qualquer plano delineado e acabamos por criar qualquer coisa que nos satisfaz plenamente. Obviamente que nesses dias, quando pensamos em tirar uma foto "para mais tarde recordar" descobrimos que estamos sem bateria na máquina fotográfica. Vale-nos a generalização da tecnologia que felizmente inclui a presença de máquina fotográfica em quase todos os telemóveis.

         
        Com esta receita foi assim. Apetecia-me peito de frango mas não sabia ainda como e tinha no frigorífico, a começar a murchar, metade de uma courgette, para além de um resto de natas equivalente a duas colheres de sopa. Esta foi a premissa, o final foi uma espécie de versão de frango à parmigiana mas sem beringela e com o frango aromatizado por uma amrinada de ervas. A foto, lá está, teve de ser tirada com o telemóvel... Enfim.

         

         
        Ingredientes (2 pessoas):
        3 peitos de frango
        1/2 courgette descascada e picada
        2 colheres de sopa de polpa de tomate
        2 colheres de sopa de caldo de galinha
        1 colher de chá de ketchup
        2 colheres de sopa de natas
        2 colheres de sopa de leite
        Sumo de 1/4 de limão
        Queijo ralado q.b.
        Sal, pimenta, oregãos, mangericão, tomilho, azeite q.b.

         
        1. Cortar as partes mais espessas dos peitos de frango, de modo a uniformizar a espessura das várias porções. Temperar com 1 colher de azeite, o sumo de limão, sal, pimenta, tomilho, oregãos e mangericão fresco picado. Deixar marinar 30 minutos no frigorífico.
        2. Num tabuleiro misturar a courgette picada, a polpa de tomate, o ketchup e o caldo de galinha.
        3. Por cima do molho colocar os pedaços de frango, de modo a cobrir quase todo o tabuleiro.
        4. Misturar o leite com as natas e verter sobre os pedaços de frango. Polvilhar com queijo ralado.
        5. Cobrir com alumínio e levar ao forno a 200ºC durante 15 minutos. Destapar e levar ao forno até o queijo gratinar.
         
        Bom apetite.

        terça-feira, 11 de maio de 2010

        Moqueca de Camarão


        Quando se falam em pratos típicos de alguma região, há sempre quem se questione sobre a autenticidade de cada receita. Mas a realidade é que não há versão de uma receita mais autêntica do que aquela que a nossa mãe ou a nossa avó faziam quando eramos pequenos e isso é igualmente verdade para a versão de toda e qualquer avó e mãe mesmo sabendo que se elas se juntassem todas numa gigantesca cozinha, não haveria duas receitas iguais.

        Ora neste caso, eu não tenho de todo a pretensão de apresentar a verdadeira, a autêntica receita de Moqueca de Camarão. Não só porque nunca fui à Bahia e a minha mãe e muito menos a minha avó (também conhecida como a 'nha 'vó) nunca me fizeram este prato mas sobretudo porque a primeira vez que o provei, foi a seguir a tê-lo feito. Assim, não me soube à Bahia, não me soube à infância, não sei nem tenho por enquanto como saber se me soube àquilo que é suposto saber uma Moqueca de Camarão mas uma coisa eu sei: soube-me bem. E isso, muitas das vezes, basta-me.

        E como é que cheguei a esta versão? Li várias receitas de Moqueca, todas elas com diferenças entre si e escolhi de cada uma as opções que me pareceram mais sensatas e adequadas ao meu gosto para compilar nesta minha versão.

        Ingredientes (6 pessoas):
        1kg de camarão sem casca
        1 colher de sopa de pimento verde picado
        1 colher de sopa de pimento vermelho picado
        1 malagueta picada (com ou sem sementes consoante o gosto)
        2 dentes de alho picados
        1 cebola picada
        2 tomates picados
        2 colheres de sopa de polpa de tomate
        2 colheres de sopa de óleo de palma (azeite de dendem)
        1 lata de leite de coco
        1 colher de sopa de coentros picados
        2 colheres de sopa de salsa picada
        2 colheres de sopa de cebolinha verde picada (não tinha, usei rama de cebola)
        1 colher de sopa de maizena
        Sumo de meio limão
        Azeite, sal, pimenta

        1. Temperar os camarões com um pouco de azeite, sal, pimenta e sumo de limão. Deixar repousar 30 minutos.
        2. Entretanto, refogar a cebola num pouco de azeite até ficar translúcida. Juntar o pimento, o alho, a malagueta e o tomate picado e deixar cozinhar 5 minutos.
        3. Juntar a polpa de tomate e o óleo de palma e mexer bem. Adicionar o leite de coco e deixar levantar fervura.
        4. Juntar os camarões, as ervas aromáticas e a maizena. Deixar cozinhar em lume médio até os camarões ficarem cozidos (cerca de 5 minutos).
        5. Sevir com arroz branco.
        A maior parte das receitas que vi tinha uma proporção maior de pimento que esta. Mas como eu não gosto muito de pimentos preferi mantê-los mais discretos.

        Bom apetite!

        domingo, 9 de maio de 2010

        Cogumelos e Courgette Recheados com Couscous

        Assim como quem gosta de passar pelas montras para ver as novas colecções de roupa da estação, eu gosto de passar pelas secções de frutas e vegetais dos supermercados para ver se há novidades. E de vez em quando as novidades são coisas que ainda não conhecia de todo. Foi o caso das courgettes redondas, um cultivar da courgette redondo como uma bola de queijo. Calhou que por feliz coincidência tinha eu ido ao supermercado exactamente pra comprar courgettes para rechear.

        A courgette é outro daqueles legumes que é uma amizade recente na minha vida. Conhecia-as primeiro como zuchinis, via Suiça italiana e quase sempre envolvidos em receitas de peperonata, o que para quem não gosta de pimentos é um fraco cartão de visita. Entretanto desisti de lhes chamar zuchinis porque mais ninguém lhes chama assim e comecei também a conhecê-los envolvidos noutras receitas, felizmente.

        Em relação aos cogumelos, desta vez usei cogumelos brancos grandes e pequenos, em vez dos Portobello. No entanto gostei mais dos Portobello ou dos pequenos do que dos cogumelos brancos grandes.

        Ingredientes:
        1 courgette redonda
        2 cogumelos grandes ou vários pequenos
        1/2 copo de couscous
        1/2 copo de água fervente
        1/2 cubo de caldo de galinha
        1/2 cebola picada
        80g de fiambre (não fatiado)
        Queijo ralado
        Azeite, sal, pimenta, segurelha, tomilho, orégãos

        1. Dissolver o cubo de caldo na água a ferver, juntar o couscous, tapar e deixar repousar 5 minutos. Depois mexer com um garfo para soltar os grãos
        2. Limpar os cogumelos e retirar o pé, reservando-o. Cortar a courgette ao meio e escavar a polpa, reservando-a.
        3. Dissolver uma pitada de sal no azeite e untar os cogumelos e a courgette. Colocá-los num tabuleiro com as cavidades viradas para cima.
        4. Numa frigideira levar a cebola e os cogumelos ao lume num pouco de azeite. Deixar cozinhar e temperar com um pouco de sal e pimenta. Juntar ao couscous.
        5. Picar o fiambre e a polpa da courgette e juntar ao couscous também. Temperar com pimenta, segurelha picada, orégãos e tomilho.
        6. Distribuir o couscous pelas cavidades dos cogumelos e courgette. Finalizar com queijo ralado por cima e levar ao forno cerca de 30 minutos a 200º.

        Esta receita facilmente se pode tornar vegetariana omitindo o fiambre e o queijo.
        Bom apetite!

        segunda-feira, 3 de maio de 2010

        Tarte de Maracujá e Ananás

        Mesmo não havendo na minha família grande tradição em comemorar estas datas de calendário especiais, hoje não deixei de aproveitar o dia da Mãe para fazer uma sobremesa para a minha. Fiz-lhe uma sobremesa muito ao meu estilo, frutada, leve, fresca e com maracujá, que é uma fruta de que ela gosta. O ananás não tem um papel essencial aqui, podendo ser eventualmente dispensado se não o tiverem facilmente disponível. Eu tinha a calda de uma lata de ananás guardada no congelador e achei que seria uma boa combinação. Outra possibilidade é a de aumentarem a contribuição do ananás, tornando-o mais notório.

        Para  a base usei uma receita da Vaqueiro à qual acrescentei uma colher de sopa de cacau em pó. Retrospectivamente talvez lhe acrescentasse também mais uma colher de açúcar ou pusesse chocolate em vez de cacau. A massa pode não ser muito fácil de estender pelo que eu sugiro que ou se ponha alguns minutos no congelador ou que se estenda sobre um papel vegetal e coberta com película aderente para não se pegar ao rolo.


        Ingredientes:
        150g de farinha
        1 colher de sopa de açúcar
        1 colher de sopa de cacau em pó
        60g de margarina Vaqueiro (ou manteiga) refrigerada
        100ml de água fria
        sal

        1 pacote de natas (refrigeradas)
        1 colher de sopa de açúcar
        2 iogurte naturais não açucarados
        200ml de calda de ananás (de lata de conserva)
        1 lata de polpa de maracujá em calda (565g)
        6 folhas de gelatina
        1 colher de sopa de amido de milho

        1. Misturar a farinha com o açúcar, o cacau e uma pitada de sal. Juntar a margarina cortada em pedaços e misturar com uma batedeira até parecer migalhas. Juntar a água e amassar para ligar os ingredientes. Estender a massa num círculo até ter cerca de 3mm de espessura e forrar com ela uma tarteira (pode-se forrar só a base ou também os lados). Cobrir com papel vegetal e feijões (ou outros pesos) e levar ao forno a 200ºC durante 10 minutos. Tirar os pesos e o papel vegetal e deixar n forno mais 5 minutos. Deixar arrefecer.
        2. Numa tigela bater as natas com 1 colher de sopa de açúcar até ficarem firmes. Juntar os iogurtes (descartando o soro), a calda de ananás e 200ml de polpa de maracujá. Misturar bem.
        3. Pôr as folhas de gelatina de molho em água fria. Escorrer as folhas de gelatina, colocá-las numa chávena com uns mililitros de água e levar ao microondas 10s na potência máxima para as folhas derreterem (se necessário ir aumentando mais 5s). Juntar pequenas quantidades da mistura anterior na chávena para arrefecer lentamente a gelatina e depois verter o conteúdo da chávena na tigela com o resto da mistura. Misturar tudo e verter sobre a base da tarte. Levar ao frigorífico algumas horas.
        4. Num tacinho levar ao lume o resto da polpa de maracujá com o amido de milho. Deixar ferver até o molho engrossar. Depois de ter arrefecido um pouco verter sobre a tarte e levar mais umas horas ao frigorífico.
        Na verdade não usei todo o resto da polpa no topo da tarte.... Guardei um pouquinho para fazer um belo batido de maracujá para o lanche. :-)

        Bom apetite e um beijinho para as mães (em especial para a minha).

        domingo, 2 de maio de 2010

        Costeletas de Porco Grelhadas com Molho de Soja


        Uma receita muito, muito simples, que tanto pode ser feita na grelha a carvão como na grelha do forno (basta por um tabuleiro com água debaixo da grelha para que a casa não se encha de fumo) e cujo toque especial reside todo na marinada.

        Ingredientes:
        4 costeletas de porco
        3 colheres de sopa de molho de soja
        2 colheres de sopa de vinho do Porto
        1 colher de sopa de azeite
        1 colher de chá de açúcar amarelo
        1/2 colher de chá de gengibre em pó
        Sal e pimenta

        1. Numa tigela misturar todos os ingredientes da marinada menos o sal e misturar bem. Provar umas gotas e acrescentar sal só se necessário.
        2. Colocar as costeletas numa recipiente com tampa ou num saco de plástico juntamente com a marinada. Abanar o recipiente ou saco para cobrir bem a carne com o tempero. Colocar no frigorífico de um dia para o outro (de preferência).
        3. Aquecer o grelhador e quando a grelha estiver bem quente colocar as costeletas. Deixar dourar dum lado, depois virar e deixar dourar do outro. De vez em quando ir pincelando com o líquido da marinada.

        A marinada também resulta bem substituindo a colher de açúcar por sumo de laranja.

        Bom apetite.

        terça-feira, 27 de abril de 2010

        Pão de Mirtilos

        Ou mirtilhos? Por mais que saiba que a forma correcta é sem "h" não me consigo habituar à ideia de lhes chamar mirtilos, parece-me sempre que falta ali qualquer coisa como se sem o LH perdessem um pouco da sua cor.

        Ainda não há muito tempo dizia eu que me tinha apaixonado por um chá, o Mirtilo Intenso e como tal senti-me inspirada para incluí-lo em algumas receitas, das quais esta é a terceira. A segunda receita em que me ocorreu usá-lo correu desastrosamente mal, não por causa do chá obviamente, mas por mau planeamento meu. Não desisti dela, preciso apenas de reformulá-la. Mas o pequeno desaire precisa de esfriar para eu ganhar novo entusiasmo e enquanto isso se processa ocorreu-me uma outra ideia. Um pão doce com bagas, para comer ainda morno com uma caneca de chá ou leite ou no dia seguinte barrado com manteiga.

        Ingredientes:
        500g de farinha com fermento
        400ml de leite
        2 colheres de chá de chá Mirtilo Intenso (o pleonasmo foi inevitável)
        3 colheres de sopa de açúcar amarelo
        2 colheres de sopa de óleo vegetal ou manteiga derretida
        2 colheres de chá de sal
        1 colher de chá de bicarbonato de sódio
        80g de mirtilos

        1. Ferver o leite, colocar o chá em infusão no leite fervido e aguardar 8 minutos. Retirar o chá e deixar arrefecer.
        2. Numa taça juntar a farinha, açúcar, o bicarbonato e o sal. Misturar tudo. Juntar o leite e o óleo vegetal e misturar bem até se obter uma massa homogénea e suave. Juntar os mirtilos e incorporá-los com cuidado.
        3. Verter a massa para uma forma rectangular, distribuindo-a por toda a forma e alisando-a no topo.
        4. Levar ao forno aquecido a 180ºC durante cerca de 45 minutos, tapando o topo com papel de alumínio se estiver a dourar depressa demais.
        O meu forno tem estado avariado e desliga-se se eu baixar a temperatura abaixo dos 200ºC, por isso o meu pão levou menos tempo (cerca de 30 minutos) mas ficou um pouco mais maçudo no interior. Não que isso nos tenha impedido de comer metade dele pouco depois de sair do forno...

        domingo, 25 de abril de 2010

        Couve de Bruxelas com Bacon e Sementes de Sésamo



        Até há muito pouco tempo as couves de Bruxelas estavam muito, muito em baixo na minha lista de preferências. Mas isso foi antes dos rapazes do The Bitten Word me convencerem que estas miniaturas mereciam uma nova oportunidade. Agora, escalaram impetuosamente a minha lista, habitam com regularidade a gaveta dos vegetais do meu frigorífico e fazem hoje a sua segunda aparição em nome próprio aqui na janela da casa que é este blog. E desta vez aparecem com uma receita que, acabei por perceber, é um clássico das couves de bruxelas.

        Mas antes de passar à receita, uma outra coisa. Tive uma simpática surpresa esta semana quando descobri que o site Kitchenet (o site de culinária da aeiou) me destacou como blog da semana desde o fim de semana passado até este. Foi realmente uma surpresa agradável e fico muito agradecida por ela assim como pelas visitas que os frequentadores do Kitchenet fizerem aqui. Obrigado.

        Ingredientes:
        Couves de Bruxelas
        Bacon cortado em tiras
        Sementes de sésamo
        Óleo de sésamo (ou azeite), sal e pimenta

        1. Aparar os caules das couves e cortá-las ao meio. Temperar com um fio de óleo ou azeite e sal e pimenta e misturar bem.
        2. Numa frigideira anti-aderente larga fritar ospedaços de bacon até começarem a dourar. Juntar as couves de bruxelas dispostas numa única camada e com a face cortada para baixo e as sementes de sésamo. Deixar cozinhar 5 minutos em lume-brando.
        3. Aumentar para lume forte e deixar a parte de baixo das couves caramelizar. Virar as couves para dourar ligeiramente as outras faces. Cerca de 5 minutos de lume forte são suficientes. Servir de preferência de imediato.
        Esta é mais uma daquelas receitas em que não ponho as quantidades, já que as proporções entre bacon-couve-sésamo dependem dos gostos de cada um.

        Bom apetite!

        segunda-feira, 12 de abril de 2010

        Tiramisù de Frutos Vermelhos

        Logo no início do Inverno surgiu-me a vontade de fazer uma versão nada tradicional do tiramisù. Uma versão com fruta doce mas fresca. Uma versão que surge na ideia de quem já na altura tinha saudades dos dias de sol. Mas estes ainda vinham longe e como tal a vontade foi arquivada com carinho à espera do fim do Inverno.

        Até que neste mês quatro factores alinharam-se em conjunção favorável. Primeiro: chegaram os dias de bom tempo (enfim, entremeados com dias de tempo miserável mas a esses há que fazer vista grossa). Segundo: os morangos andam aí (ou "andem naí"...). Terceiro: veio parar-me às mãos por um feliz acaso um ingrediente que faltava. Conheci recentemente numa feira uma marca de chás supimpa (Aromas do Chá) e comprei-lhes um chá (tecnicamente uma infusão) pelo qual estou apaixonada, o Mirtilo Intenso (ainda vão voltar a ouvir falar dele aqui). Foi ele que me abriu o apetite para os frutos vermelhos (e roxos...). Por fim, o quarto: a ocasião de uma reunião familiar extraordinária veio servir de cenário e desculpa perfeitos para pôr mãos ao trabalho (primeiro as mãos e no fim as colheres).

        Ingredientes:
        300g de palitos La Reine
        500g de queijo Mascarpone
        400g de morangos
        125g de framboesas (ou outros frutos semelhantes)
        5 colheres de açúcar
        5 ovos (claras e gemas separadas)
        1 colher de chá de vinagre balsâmico
        1 colher de sopa de chá Mirtilo Intenso
        Água fervente q.b.


        1. Juntar a colher de sopa de chá a cerca de 500ml de água a ferver e deixar repousar.
        2. Num tacho levar ao lume cerca de 250g de morangos cortados em fatias com cerca de 50g de framboesas, 1 colher de sopa de açúcar e o vinagre balsâmico. Deixar ferver em lume baixo até os frutos cozerem bem. Passar com a varinha mágica e deixar a arrefecer.
        3. Numa tigela bater bem as gemas com 4 colheres de açúcar. Juntar o queijo Mascarpone e homogeneizar bem. Bater as claras em castelo e incorporá-las na mistura anterior.
        4. Coar o chá e verter uma parte para um prato fundo. Passar, um a um, os palitos La Reine no chá, rolando-os para se molharem totalmente (mas sem os deixar molho  senão ficarão ensopados e desfazer-se-ão). Forrar com eles o fundo do tabuleiro.
        5. Por cima dos palitos colocar metade do creme de Mascarpone e por cima deste espalhar metade do creme de morango (a ideia não é que fique uma camada completa, o que tornaria a sobremesa doce demais, mas salpicar o creme de mascarpone como se vê na primeira foto).
        6. Repetir as camadas, terminando com os "salpicos" de creme de morango e levar ao frigorífico, idelamente dum dia pro outro. Antes de servir decorar com os restantes morangos e framboesas.
        Obviamente para molhar os palitos La Reine pode-se usar qualquer outro chá ou sumo de frutos vermelhos (de preferência sem açúcar porque os palitos já têm aquela habitual camada de açúcar). Mas se puderem usar o chá de Mirtilo Intenso, vão ver que dá um toque especial com um sabor intenso a bagas e uma leve acidez.

        Como nunca tinha feito esta receita nem segui nenhuma receita de outrem (excepto a parte do creme de mascarpone que é igual à da receita que eu uso para o tiramisù tradicional), resolvi reservar um pouco de cada ingrediente para fazer um mini-tiramisù duma só camada para poder fazer uma prova prévia antes de apresentar a versão a sério ao resto da família. A prova prévia foi aprovada sem reservas.

        Bom apetite e muitos dias de sol em família!
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